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quarta-feira, maio 8, 2024
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Servidores do Cardoso Fontes protestam nesta quarta (13/10) contra intervencionismo na rede federal do RJ

Servidores do Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, protestam nesta quarta-feira (13/10) contra o que classificam de intervencionismo militar na saúde federal do Rio. Prevista para as 10h30, em frente à unidade, a manifestação também vai repudiar as tentativas da Superintendência do Ministério da Saúde no Rio de exonerar Ana Paula Fernandes da Silva, atual diretora-geral do Cardoso Fontes.

As pressões sobre Ana Paula Fernandes da Silva aumentaram sobretudo após ela ter rescindido o contrato com a empresa Plano Construções, então responsável por serviços de manutenção no Hospital Cardoso Fontes. Segundo reportagens do RJ TV da Rede Globo veiculadas dias 8 e 9/10, Ana Paula teria rescindido o contrato com a Plano após constatar irregularidades na atuação da empresa, que teria cobrado por serviços não realizados, entre os quais estava um muro, jamais construído, no valor de R$ 126 mil reais. De acordo com as reportagens do RJ TV, Ana Paula foi então pressionada pelo atual titular da Superintendência do Ministério no Rio, Pedro Geraldo Pinheiro dos Santos, a manter o contrato com a Plano Construções, mesmo após a diretora-geral do Cardoso Fontes ter denunciado as irregularidades ao próprio Ministério da Saúde.

Governo Bolsonaro quer mudar gestões de todos os hospitais federais

Além de Ana Paula, o Ministério da Saúde quer remover diretores-gerais e coordenadores administrativos dos seis hospitais federais do Rio, fato denunciado em reportagem do programa RJTV veiculada dia 8/10, a partir de denúncias encaminhadas pelos próprios servidores ao Sindsprev/RJ. Material que será incluído no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as responsabilidades do governo Bolsonaro pelo agravamento da pandemia de covid no Brasil.

Segundo a reportagem do RJTV, a Superintendência do Ministério da Saúde no Rio quer impor a médica Mara Regina Cordeiro Pezzino como diretora-geral do Hospital Federal de Ipanema. Sem qualquer experiência administrativa, Mara é abertamente negacionista e, em várias ocasiões, declarou ser contrária à vacinação contra a covid.

Para o Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE), também segundo a reportagem do RJTV, o Ministério da Saúde quer emplacar o nome de Alexandre do Castro Amaral, sócio administrador do Centro Multidisciplinar da Dor, uma entidade de direito privado. O Estatuto do Servidor, no entanto, proíbe que servidores públicos participem da administração de sociedades privadas.

No Hospital Federal do Andaraí (HFA), o Ministério quer nomear Jerônimo Ferreira Figueiredo como coordenador administrativo. Detalhe: Jerônimo é motorista e nunca exerceu qualquer atividade que tenha relação com a gestão da saúde.

Para o Hospital Cardoso Fontes, o Ministério deseja nomear a médica Vera Lúcia Ferreira Vireira como diretora-geral. A exemplo de Mara Regina Cordeiro Pezzino, Vera Lúcia é negacionista. Também para o Cardoso Fontes o governo quer nomear o subtenente do Exército Claudio Roberto Albuquerque da Silva como coordenador administrativo do hospital.

 

 

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