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terça-feira, maio 14, 2024
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Sociedade Brasileira de Medicina exige responsabilização de presidente do CFM por defesa de tratamento ineficaz contra covid

Em nota oficial divulgada no último dia 8/10, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) exige a responsabilização do presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Brito Ribeiro, pela defesa do uso ineficaz de medicamentos como a hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19. O posicionamento do médico serviu para sustentar a propaganda falsa feita pelo presidente Jair Bolsonaro sobre a utilização de remédios como este para tratar a doença e se recusar a comprar vacinas e atacasse o isolamento social e o uso de máscara, o que fez aumentar o número de mortos e contaminados pela doença.

Clique aqui para ler a nota na íntegra.

“Em nome das médicas e médicos de família e comunidade, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade conclama os demais colegas de outras especialidades e principalmente a população a exigir a devida apuração e responsabilização da atuação do Conselho Federal de Medicina diante da pandemia da COVID-19”, afirma o documento. A nota lembra que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Genocídio incluiu o nome do presidente do CFM como investigado, pelo apoio ao negacionismo, e à maneira como deu suporte à prescrição de remédios ineficazes e os defendeu publicamente e pela omissão de fatos criminosos, como o de não ter punido quem defendeu o uso de medicamentos sem comprovação científica, colocando em risco a vida dos pacientes.

A SBMFC lembra que o presidente do CFM presta um desserviço à população ao postar vídeo institucional insistindo na tese de autonomia médica para prescrição de medicamentos para a COVID19, mesmo os que já têm consenso de não gerar benefícios e, mais do que isso, causam malefícios, como é o caso de hidroxicloroquina. “A posição do CFM contraria as principais sociedades de especialidades médicas e o consenso mundial a respeito”, destaca o documento.

Em entrevista ao Jornal o Estadão neste mesmo dia 8 de outubro, quando perguntado pelo repórter se “Não incomoda ao senhor o fato de o posicionamento do CFM ser diferente daquele preconizado pelas mais importantes instituições de saúde do mundo, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos EUA, o Serviço Nacional de Saúde, do Reino Unido, bem como das principais agências regulatórias do planeta, como a FDA e a própria Anvisa? Responde: “Não, não me incomoda. Não há nenhuma outra entidade que se guie mais pela ciência do que o CFM“.

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