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quinta-feira, maio 9, 2024
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Relatório do TCU, a ser entregue à CPI, é prova de genocídio cometido pelo governo Bolsonaro

Agora a prova de que Bolsonaro cometeu o crime de genocídio foi apresentada pelo Tribunal de Contas da União. Segundo o TCU, o governo federal não previu verbas para o combate à pandemia do novo coronavírus no Orçamento da União de 2021. Em outras palavras deixou deliberadamente de reservar recursos necessários para proteger a população da contaminação pela doença, tendo como consequência a disparada do número de infectados e mortos pela covid-19 no Brasil.

Os dados do TCU serão analisados pela Comissão Parlamentar de Inquérito, que investiga ações e omissões do governo Bolsonaro durante a pandemia. A CPI do Genocídio será instalada no próximo dia 27. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) só fez a leitura do pedido de abertura da CPI do Genocídio na semana passada, após determinação neste sentido feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.

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Pacheco é aliado de Bolsonaro e quis evitar a investigação que poderá desembocar no impeachment do presidente por crime de genocídio.

De acordo com os fiscais do tribunal, “não constam dotações para as despesas de combate à pandemia” na lei orçamentária de 2021 preparada pelo governo em agosto de 2020, portanto, em plena pandemia. No ano passado, o ministério dispunha de R$ 63,7 bilhões para aplicar diretamente em ações contra a crise. “Com a ausência de recursos previamente destinados ao enfrentamento da pandemia”, escrevem os fiscais, o governo editou medidas provisórias que elencam, “de forma genérica”, algumas despesas, como compra “de equipamentos estratégicos”.

“Em relação à execução em 2021, observa-se que não foram destinadas, até o presente momento, dotações orçamentárias para transferência aos estados e municípios”, acrescenta o documento.

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O documento frisa ainda que o governo poderia ter evitado a disparada do número de contaminados e mortos, mas não o fez de forma deliberada.

“O governo não se preparou para a possibilidade de piora da pandemia, no início de 2021, mesmo diante das experiências de outros países que enfrentavam um aumento no número de casos da Covid-19, após redução de medidas restritivas anteriormente adotadas e do aumento da circulação de pessoas no Brasil, em virtude das festas de fim de ano e do verão”, afirma o relatório. A proposta de orçamento foi aprovada pelo Congresso Nacional em 25 de março último.

Genocídio

Em nota, o Conselho Nacional de Saúde (CNS), adverte que não há dúvida de que a deliberada inação e a incompetência do governo federal são responsáveis pelo agravamento da crise sanitária em curso no país. “Ao longo deste período, o governo banalizou a doença, recusou-se a assumir o papel de coordenador dos entes federativos nas ações de controle da pandemia e se negou a adotar as medidas adequadas, no tempo certo, para a aquisição e produção de vacinas”, frisa o CNS.

Dados do Conselho mostram que a sabotem feita por Bolsonaro e seu governo ao combate à pandemia, pode ter sido maior do que mostra este primeiro levantamento do TCU. Estudo feito pelo CNS, divulgado em matéria publicada pelo site do Sindsprev/RJ, no último dia 16, mostra que a verba prevista para a saúde como um todo no Orçamento de 2021 foi R$ 60 bilhões menor que a de 2020. Pela proposta orçamentária, enviada ao Congresso Nacional em agosto de 2020, segundo o Conselho, o governo ignorou a progressão da pandemia e agiu como se fosse acabar em 31 de dezembro de 2020.

Como consequência, o Brasil chegou a marca recorde de 3 mortos a cada minuto. O país registrou 1.607 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas e totalizou nesta segunda-feira (19) 375.049 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias chegou a 2.860. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de mais 3%. Já são 89 dias seguidos no Brasil com a média móvel de mortes acima da marca de mil; o país completa agora 34 dias com essa média acima dos 2 mil mortos por dia. Nos últimos 24 dias, a média esteve acima da marca de 2,5 mil.

Negacionismo criminoso

Para o epidemiologista Pedro Hallal, ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), o Brasil não teria chegado ao número de mortos e contaminados “caso não fosse um fracasso no combate à pandemia”. O professor explicou que “três a cada quatro mortes no Brasil pela covid-19 poderiam ter sido evitadas não fosse o governo federal e o Ministério da Saúde terem um trabalho tão vexatório no enfrentamento da pandemia”.

De acordo com Hallal, o governo cooperou para a falta de uma política de testagem e de rastreamento dos infectados em larga escala. Assim como agiu por uma campanha “difamatória” contra o distanciamento social e a possibilidade de lockdown. E boicotou a vacinação, além de defender “tratamento precoce” sem eficácia científica. O “conjunto desses fatores”, afirma ele, “é que faz com que essas famílias estejam em luto, quando na verdade não precisariam, se essas coisas não tivessem acontecido”, destaca.

O epidemiologista adverte ainda sobre a postura negacionista do presidente, como a de sistematicamente atacar as determinações de fechamento de atividades não essenciais, falando em “frescura e mimimi”. Bolsonaro chamou também de “idiota” quem cobra agilidade de seu governo no processo de aquisição de vacina.

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“Só se for na casa da tua mãe, não tem vacina para vender no mundo. Mas onde vai parar o Brasil se nós pararmos?”, disparou.

“Essa é uma retórica agressiva que tenta criar cortina de fumaça, como sempre tem sido, para não ficar escancarado o absoluto fracasso brasileiro no combate à pandemia. Essas famílias que estão em luto mereceriam um pouco mais de respeito do que uma declaração como essa”, contesta Hallal.

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