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sexta-feira, maio 10, 2024
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Sindsprev/RJ repudia violência contra famílias de sem-teto em Itaguaí

Por meio de sua diretoria colegiada, o Sindsprev/RJ repudia o violento despejo de 4 mil famílias de sem-teto que, desde maio, ocupavam um terreno da Petrobrás em Itaguaí.

Executado na manhã de quinta-feira (1/7) por ordem da 2ª Vara Cível de Itaguaí, em atendimento a uma ação de reintegração de posse movida pela Petrobrás, o despejo foi marcado por grande violência cometida contra as famílias de trabalhadores. Famílias agredidas por tropas de choque da PM, que usaram bombas de efeito moral e todo tipo de intimidação no momento em que os trabalhadores, de forma legítima, resistiam à desocupação.

O despejo das 4 mil famílias do Acampamento Campo de Refugiados Primeiro de Maio foi mais uma comprovação de que, para o Estado brasileiro e suas elites políticas e empresariais, as questões sociais são sempre “solucionadas” por meio da mais brutal violência policial. Violência contra o povo trabalhador, pobre, negro e oprimido das favelas e periferias brasileiras, onde quase 15 milhões de famílias não têm onde morar e não recebem nenhuma assistência para conseguir uma moradia digna.

O acampamento era composto por famílias em extrema vulnerabilidade social e que tiveram sua situação ainda mais agravada pela crise econômica e sanitária decorrente da pandemia do novo coronavírus.

Desde o início de sua constituição, o Acampamento Campo de Refugiados Primeiro de Maio recebeu o apoio solidário de inúmeras entidades dos movimentos social e sindical, incluindo o Sindsprev/RJ, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), entre outros. Apoio que se materializou na entrega de cestas básicas e promoção da saúde por meio do trabalho voluntário de servidores vinculados ao SUS.

O terreno ocupado pelas 4 mil famílias estava abandonado e havia sido doado pela Prefeitura de Itaguaí para a construção do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), projeto que acabou sendo deslocado para o município de Itaboraí.

Por mais que os detentores do poder não gostem de ouvir, o fato é que os gravíssimos problemas sociais vivenciados pelo Brasil — onde os serviços públicos estão sendo destruídos e o desemprego chega a níveis sem precedentes — não serão resolvidos por meio de violência policial e intimidações.

Todo apoio às famílias de trabalhadores em luta por moradia digna.

Diretoria Colegiada do Sindsprev/RJ

 

 

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