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terça-feira, maio 14, 2024
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Enfermagem exige piso salarial já e vai fazer paralisação de 48h nos dias 29 e 30/6

Assembleia unificada dos profissionais de enfermagem das redes federal, estadual e municipal do Rio aprovou, na manhã desta sexta-feira (23/6), um calendário de mobilizações pelo pagamento do piso salarial da categoria. A principal deliberação da assembleia unificada foi a realização de plantões da enfermagem nas ruas, dias 29 e 30 de junho, culminando com um acampamento em frente à Prefeitura do Rio (Cidade Nova), a partir das 18h do dia 30/6. A proposta é que, onde for possível, os profissionais realizem paralisação de 48h nesses dias.

Convocada por Sindsprev/RJ, Sindicato dos Enfermeiros do Rio (SindEnf-RJ) e Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem, a assembleia foi realizada durante ato unificado em frente à entrada principal do Hospital de Bonsucesso (HFB), onde os profissionais também repudiaram a estadualização do Hospital Federal da Lagoa e exigiram a jornada semanal de 30h para todos os servidores, como previsto no acordo de greve de 2014. Além das deliberações gerais, a assembleia aprovou encaminhamentos para as pautas específicas da rede federal, da rede estadual e da rede municipal do Rio — veja ao final.

“É na rua que vamos garantir o piso salarial da enfermagem, barrar a estadualização de unidades federais e defender o Sistema Único de Saúde [SUS] para toda a população. Precisamos dizer bem alto que não aceitamos a privatização e queremos o piso”, afirmou Osvaldo Mendes, dirigente do Sindsprev/RJ.

Ato unificado teve assembleia onde profissionais aprovaram greve nos dias 29 e 30/6. Foto: Mayara Alves.

Após a assembleia, os profissionais de enfermagem saíram em passeata pela Av. Brasil, onde fecharam a pista da direita, em direção ao Centro do Rio, para concluir o ato em frente à entrada principal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Com faixas e cartazes exigindo o piso, foram saudados por muitos motoristas que trafegavam pela via.

“Não sairemos das ruas enquanto não pagarem o nosso piso salarial, que é um direito de todos os profissionais. Chega de adiamentos. Não aceitamos mais esta situação”, afirmou Marco Antônio Schiavo de Souza, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro (SinEnf-RJ). “Na rede federal do Rio, nossa pauta vai além do piso porque também inclui a luta contra a estadualização e pelas 30h previstas no acordo de greve de 2014, que jamais foi integralmente cumprido. O pior é saber que o Supremo Tribunal Federal [STF] quer atrelar os valores do piso à proporção das jornadas de trabalho, o que é inaceitável. Por isso estamos aqui, em frente à Fiocruz, casa da ministra Nísia Trindade [Saúde], para exigir uma solução”, pontuou Cristiane Gerardo, dirigente regional do Sindsprev/RJ.

“Queremos o nosso piso imediatamente e por isso afirmamos a todos vocês que, se não nos pagarem o piso, vai ser greve por tempo indeterminado, a greve que foi deliberada pelos trabalhadores. Respeitem a enfermagem, respeitem a enfermagem”, frisou Sidney Castro, também dirigente do Sindsprev/RJ.

“Não vai ter arrego. Se você não paga o piso, você não vai ter sossego”
(palavras de ordem gritadas pelos profissionais de enfermagem durante a passeata até a Fiocruz).

Nas pautas específicas, além da luta geral pela implementação do piso, a assembleia aprovou pontos de grande relevância. Para a rede federal, foi reafirmada a luta pela criação do carto de técnico de enfermagem pelo Ministério da Saúde e seu devido enquadramento na carreira dos servidores. Outros pontos destacados na rede federal foram a luta contra a estadualização das unidades do Ministério da Saúde, fim das privatizações, o cumprimento do acordo de greve de 2014, com 30h para todos, além do repúdio ao assédio moral.

No estado, o principal ponto foi a luta pelo pagamento do piso até o próximo dia 10. Caso contrário, os servidores entrarão em greve.

Quanto à rede municipal de saúde do Rio, os principais pontos foram 14º salário, triênios, PCCS já, pagamento do INPC dos últimos 5 anos e não à privatização do Hospital Souza Aguiar.

Enfermagem também rejeita estadualização de unidades federais e exige 30h para todos os servidores. Foto: Mayara Alves.
Sindsprev/RJ presente nas lutas da enfermagem.

 

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