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domingo, abril 28, 2024
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Campanha salarial: governo responde a servidores nesta quarta e categoria faz Dia de Luta

O governo Lula deverá apresentar nesta quarta-feira (28/2) sua resposta à contraproposta entregue no dia 31 de janeiro pela bancada sindical dos servidores federais ao Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público (MGI). A rodada da Campanha Nacional Unificada da categoria acontece às 14h30, no prédio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Na mesma data estarão acontecendo paralisações e protestos de rua como parte do Dia Nacional de Paralisações e Mobilizações dos Servidores Federais para fazer com que as negociações avancem. A reunião se dará em meio ao debate do indicativo de greve nacional do funcionalismo federal por tempo indeterminado neste primeiro semestre que está sendo discutido em assembleias em todo o país. O estopim que deu origem ao indicativo de greve foi a apresentação, em 18 de dezembro, da proposta de zero por cento de reajuste para este ano, e correção salarial de 9%, em duas parcelas de 4,5%, em 2025 e 2026.

O indicativo da Federação Nacional (Fenasps) é de greve a ser deflagrada a partir de abril. A proposta já foi aprovada no Rio de Janeiro, pelos servidores da rede federal de saúde.

A resposta do governo é uma migalha que nem de longe repõe as perdas inflacionárias de 2010 a 2023, em torno de 49%. Em 31 de janeiro a bancada sindical dos servidores apresentou a contraproposta que o governo deverá responder na mesa de negociação neste dia 28.

A contraproposta salarial se baseou em estudo feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Quando da apresentação da minuta da campanha em fevereiro de 2023 eram reivindicadas para agora a reposição das perdas de 2010 a 2023. Pela contraproposta as perdas de 2010 a 2016 serão negociadas em mesa específica.

Já as perdas de 2016 a 2023 serão negociadas agora. O Dieese verificou que setores do funcionalismo federal tiveram reajustes menores que outros. Assim, para chegar ao índice de reposição a ser reivindicado, dividiu a categoria em dois grupos. E levou em consideração a estimativa de inflação de 2024, 2025 e 2026.

Os do primeiro grupo, chamado de Bloco I, tiveram reajuste acumulado de setembro de 2016 a dezembro de 2023 de 14,45%; os do bloco II, de 25,28%. Considerando que o acumulado da inflação medida pelo IPCA do IBGE entre setembro de 2016 e dezembro de 2025 é de 53,72% (o cálculo levou em conta uma estimativa de inflação de 3,87% para 2024 e de 3,5% para 2025), a reposição reivindicada pelo primeiro grupo é de 34,32%. Já para o bloco II, de 22,71%.

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