Operação da Polícia Federal (PF) realizada na manhã desta quinta-feira (17/11) teve, como alvo, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e três membros da família que a fundou. Segundo notícia publicada no portal G1, as investigações da PF apontaram a existência de uma organização criminosa que, dentro da FGV, operou um esquema de corrupção, fraudes a licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Entre os alvos de buscas estão Ricardo Simonsen, MariaI Inês Norbert Simonsen e Rafael Norbert Simonsen. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em São Paulo.

A Operação Sofisma — como foi batizada pela PF — é um desdobramento da delação premiada de Carlos Miranda, braço direito do ex-governador Sérgio Cabral. Em 2019, Miranda disse a promotores que “a cúpula da FGV usava a fundação para desviar dinheiro público”. Segundo divulgado pelo portal G1, a PF afirmou ainda que a quadrilha também usava a FGV para “superfaturar contratos realizados por dispensa de licitação e para fraudar processos licitatórios, encobrindo a contratação direta ilícita de firmas indicadas por agentes públicos, de empresas de fachada criadas por seus executivos e fornecendo, mediante pagamento de propina, vantagem a concorrentes em licitações coordenadas por ela.

Em maio de 2021, o Ministério da Saúde contratou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), sem licitação, para organizar um processo seletivo com a finalidade de preencher vagas a serem abertas na rede federal do Rio.

Durante o processo seletivo organizado pela FGV, muitos profissionais que já atuavam na rede federal foram prejudicados por terem suas pontuações zeradas, embora tivessem comprovada experiência na realização de suas atividades.

O problema foi inclusive reconhecido pela própria Superintendência do Ministério da Saúde no Rio, que informou ter identificado 1.940 profissionais nessa situação absurda.