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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Contrariando evidências que mostram o agravamento da covid, Justiça suspende medidas restritivas no RJ

Mesmo em meio a uma alta no número de pacientes graves que levou as UTIs da cidade ao limite e a prefeitura a decretar restrições, nesta terça-feira (20/4) a juíza Regina Lúcia Chuquer, da 6ª Vara de Fazenda Pública, suspendeu quatro decretos do prefeito Eduardo Paes (DEM) que proibiam o acesso às praias cariocas e restringiam o funcionamento de bares e restaurantes. A Procuradoria do Município do Rio informou que vai recorrer para manter as medidas restritivas na cidade.

Especialistas ouvidos pelo jornal O GLOBO criticaram a decisão. Para Gulnar Azevedo, professora de epidemiologia da Uerj e presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o momento não é de relaxamento. Ela e outros especialistas são unânimes em dizer que, sem uma campanha de vacinação avançada, o isolamento social é a medida mais eficaz para conter o avanço do coronavírus.

Na noite desta terça (20), as UTIs da Rede SUS do Rio tinham taxa de ocupação de 92%, considerada muito alta. Desde o início da pandemia, a covid já matou 378 mil brasileiros. Nas últimas 24 horas, o país registrou mais 3.481 mortes provocadas pela doença. Entre os estados brasileiros, o Rio de Janeiro é um dos quais a covid está em curva ascendente, ao lado de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. O Rio de Janeiro é, no momento, o estado com o maior índice de letalidade da covid no país, fixado em 5,9%.

A decisão da juíza Regina Lúcia Chuquer foi em resposta a uma ação interposta pelo deputado bolsonarista Anderson Moraes (PSL), um parlamentar de extrema direita conhecido por sua postura negacionista e hostil em relação às medidas de distanciamento adotadas por governos estaduais e prefeituras.

 

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