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terça-feira, maio 14, 2024
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Vídeo pode ser gota d’água para o impeachment de Bolsonaro

Estará cada vez mais próxima de se concretizar a abertura de processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), caso se confirme o ‘teor devastador’ do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril.
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O material, entregue pelo governo sob sigilo ao Supremo Tribunal Federal (STF) por ordem do ministro Celso de Melo, mostraria Bolsonaro afirmando que, para defender familiares, afastaria do cargo o superintendente da Polícia Federal no Rio, nem que para isto fosse preciso afastar também o diretor-geral da PF ou, se necessário, o ministro da Justiça.

A revelação confirmaria o relato do ex-ministro da Justiça e Segurança Púbica, Sérgio Moro, na coletiva em que anunciou os motivos de sua demissão, entre os quais o interesse de Bolsonaro em interferir politicamente na PF, ao demitir o seu diretor-geral, Maurício Valeixo, e trocar o superintendente do Rio por alguém de sua confiança, que lhe informasse sobre o andamento das investigações, o que caracterizaria crime de responsabilidade, por ser crime de obstrução da Justiça, causa suficiente para o impeachment.

Bolsonaro disse que Moro mentiu. A resposta foi que o assunto havia sido discutido em reunião ministerial gravada, levando Celso de Melo, à frente do inquérito que investiga o caso, a pedido do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, a requerer o vídeo.

O resultado das investigações do inquérito pode ser a gota d’água que faltava para entornar o copo de um governo a cada dia mais isolado, dentro e fora do Brasil, por suas posições políticas de extrema direita, seu servilismo aos Estados Unidos, aos bancos e grandes empresas transnacionais. Desgastado também pelas consequências negativas de sua desastrosa política econômica voltada para beneficiar estes grupos, aprofundando a estagnação da economia, com falências, desemprego em alta e fuga de capitais e, mais recentemente, pela sua campanha contra o isolamento social em meio ao crescimento assustador da pandemia do novo coronavírus no país.

O vazamento

Segundo fontes ouvidas pela Globonews que assistiram na terça-feira (12) ao vídeo mostrado a advogados e investigadores em Brasília, entre os motivos externados por Bolsonaro para exigir a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro estavam sua preocupação com a família. A matéria afirma ter o presidente dito na reunião não querer os “familiares” prejudicados.

A matéria, baseada no relato das fontes, prossegue acrescentando que o presidente usou palavrões ao tratar do tema. E disse que, se não conseguisse trocar o superintendente do Rio, então trocaria o diretor-geral da PF – à época Maurício Valeixo – ou, por último, o ministro da Justiça – à época, Sérgio Moro.
Um dos presentes à exibição do vídeo relatou que Bolsonaro disse: “Já tentei trocar o chefe da segurança do Rio de Janeiro. Se não posso trocar, troco o chefe dele, troco o ministro”.
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Jogo entre ex-aliados

O pedido de demissão de Moro mostrou uma mudança radical no comportamento do ex-ministro, parecendo ser mais uma forma de, por motivações eleitorais, se afastar de um governo que caminha para o CTI por suas posições autoritárias e fora da realidade. Moro é aliado de primeira hora de Bolsonaro, tendo ajudado a pavimentar o caminho para sua chegada à Presidência da República.

Durante o tempo em que permaneceu à frente da pasta da Justiça, sempre blindou Bolsonaro. Mesmo quando havia contra ele acusações gravíssimas de envolvimento com a milícia, por falas em que atacou segmentos sociais e a democracia, defendendo a volta da ditadura e a tortura. Também mostrou total omissão nas investigações sobre o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), só passando a defender a sua federalização quando o nome do presidente foi citado como suspeito de envolvimento.
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Houve crime de responsabilidade em todos estes casos, mas o desgaste do governo ainda não era tão grande que tornasse a saída interessante para Moro. O crescente isolamento, no entanto, e a necessidade do ex-ministro de se afastar para se candidatar futuramente, o levou a abandonar o barco em que já está entrando água por todos os lados. Sair como herói, como defensor da luta pela moralidade pública, cacifa eleitoralmente o ex-ministro e ex-juiz para voos futuros. Ainda mais se o impeachment for aprovado.

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