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domingo, maio 12, 2024
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Sem autoridade moral, Guedes insulta servidores ao defender congelamento de salários

Responsável por empurrar o Brasil no abismo da estagnação econômica devido a uma política de contração da economia, por atacar o isolamento social pondo milhões de vidas em risco de contaminação pelo novo coronavírus, por liberar mais de R$ 1 trilhão aos bancos e cortar direitos dos trabalhadores, acusado de ser sócio oculto de bancos e fundos de pensão em negócios com o governo e suspeito de participar de lavagem de dinheiro através da empresa GPG, de sua propriedade, o banqueiro e ministro da Economia, Paulo Guedes, não tem autoridade moral para atacar os servidores públicos. Ao defender o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a emendas feitas pelo Congresso Nacional que retiram setores do funcionalismo do congelamento de salários imposto pelo governo à categoria por 18 meses – como os da saúde e segurança –, o ministro voltou a insultar o funcionalismo público, afirmando que não se submeter a um ano e meio sem reposição seria ‘saquear’ o Brasil.

“Na hora em que estamos fazendo esse sacrifício, que o Brasil está no chão, é inaceitável que tentem saquear o gigante que está no chão, que usem a desculpa da crise da saúde para saquear o Brasil na hora em que ele cai. Nós queremos saber o que podemos fazer de sacrifício para o Brasil nesta hora. E não o que o Brasil pode fazer por nós”, declarou o ministro.

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Segundo Guedes, o servidor poderia abrir mão da reposição e compensar trabalhando mais para receber horas extras.

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Ele discursou por cerca de uma hora, no último dia 15, em evento de balanço dos 500 dias de governo, e ressaltou que o governo não quer retirar direitos de nenhum servidor, ‘apenas pedir um esforço conjunto para impedir o descontrole das contas públicas’.

Quem saqueia é o governo

Para o diretor do Sindsprev/RJ Rolando Medeiros, Guedes e o governo Bolsonaro não têm moral para atacar os servidores nem uma justificativa plausível para o congelamento de salários. “Quem saqueia o país é o próprio governo, são os banqueiros e os empresários corruptos. O servidor público, quando cobra reajuste, é para que o seu salário seja corrigido conforme a inflação. Não estamos pedindo aumento, mas apenas a mais que justa reposição das perdas salariais”, afirmou. Acrescentou que se o governo fosse honesto, reconhecendo a importância do serviço público, principalmente neste momento de pandemia, daria uma gratificação, um reconhecimento pelos relevantes serviços prestados à nação.

Rolando frisou que o presidente foi induzido pelo ministro a vetar artigos aprovados pelo Congresso Nacional que retiram do congelamento de salários servidores de setores que estão na linha de frente do enfrentamento da Covid-19, como os da saúde e segurança, uma covardia com aqueles que estão se expondo para salvar vidas. “Guedes vive atacando o servidor público. Se ele é estribado de dinheiro, então por que não trabalha de graça?”, questionou.
Lembrou que, ao contrário dos servidores que estão expondo suas vidas, o banqueiro se escondeu, durante dias, em uma granja de sua propriedade, em Brasília, com medo do coronavírus. “Ele não se expõe, como os servidores públicos que estão salvando vidas na frente de batalha contra o coronavírus. Ele não sabe o que é isso. Covarde”, acusou.

Vista grossa com sonegação de empresas

O dirigente acusou Guedes e o governo Bolsonaro de fazerem vista grossa aos bancos e empresas que sonegam impostos e de insistirem numa política econômica que provocou a estagnação da economia, reduzindo a receita da União. “Ele bloqueia a reposição e vem falar em saquear. Não tem como jogar esta culpa em cima dos servidores públicos. Que moral têm o Guedes ou o Bolsonaro – com o filho envolvido no esquema criminoso da rachadinha, que empregou diversos funcionários fantasmas – para insultar o servidor público por cobrar um direito seu que é minimamente receber a reposição das perdas da inflação?”, argumentou.

Para Rolando, saquear o país é nomear o ex-ministro do governo Temer Carlos Marun (MDB-RS) e o ex-deputado e delatado da Odebrecht, José Carlos Aleluia (DEM-BA), para ocupar cargos de conselheiros na Itaipu binacional para ter os votos dos partidos do Centrão e assim impedir a abertura de processo de impeachment. “Saquear o país é gastar no cartão corporativo muito mais do que todos os outros presidentes. Quem saqueia é quem compra equipamento superfaturado, a preços absurdos, em meio à pandemia, no Rio e em outros estados; quem saqueia o país é quem manda o Exército produzir em larga escala milhões de comprimidos de cloroquina, e agora o presidente da República está sob ameaça de responder por crime contra a administração pública, pela produção em massa de um medicamento rejeitado pelo mundo científico como de combate ao coronavírus. Isso é que é saquear o país”, completou.

Corte de verba para beneficiar bancos

O dirigente do Sindsprev/RJ lembrou ainda que, ao contrário do que se vê fazerem governos em outros países para minimizar os efeitos da pandemia, o de Bolsonaro vem priorizando o corte de recursos públicos, aumentando as dificuldades para o combate à doença. Em contrapartida, usa do expediente de utilizar o dinheiro que já é do trabalhador, como a liberação de saques do FGTS e o congelamento salarial dos servidores, para não tocar na verba do pagamento dos juros da dívida com os bancos.

Só como comparação, a Alemanha liberou em recursos públicos, como forma de evitar falências de empresas e preservar empregos, 40% do seu Produto Interno Bruto (PIB).

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No Brasil o montante não chegou a 4% do PIB. Mas recursos não faltam, tanto que o Banco Central liberou, para os bancos privados, R$ 1,2 trilhão para ‘ajudá-los’ a enfrentar as dificuldades causadas pela pandemia.

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