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sexta-feira, maio 10, 2024
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Mídia brasileira apoia política econômica de Bolsonaro que está destruindo o Brasil

Arrocho fiscal com redução drástica dos investimentos públicos na economia a fim de gerar superávit para o pagamento da dívida pública aos bancos que hoje consome quase 50% do Orçamento da União; privatizações; corte bilionário em setores sociais como saúde, previdência social e educação; reformas que retiram direitos dos trabalhadores e reduzem os recursos para setores que atendem à população. Todas estas medidas presentes na política econômica do governo Bolsonaro são defendidas com unhas e dentes pela mídia brasileira que, com isto, mostra não ser imparcial e que tem lado.

Bolsonaro briga com jornalistas, jornais e tevês, é criticado por suas posições irresponsáveis em relação à pandemia e ataques à democracia. Mas em relação à política econômica recessiva e de desmonte do Estado tem o apoio total das empresas de comunicação.

Para Cláudia Abreu, da Comissão Nacional de Ética dos Jornalistas, o principal motivo é que a mídia comercial defende os interesses do mercado. “O que temos visto é que defende mais que os interesses do mercado, o que se quer é vandalizar o Estado brasileiro. Não há um projeto de país, é algo muito mais rasteiro, o que impera é o imediatismo e o lucro fácil. E a contradição maior deste processo é que justamente ao tentar fazer isto desta forma rápida e rasteira, entre eles, no caso do processo de privatização, acaba gerando uma crise muito grande de confiança, tanto do capital nacional, quanto do estrangeiro”, avaliou.

Sem análise crítica

Para a jornalista, esta situação é gerada porque não se tem segurança sobre o que vai acontecer amanhã. Isto faz, como diz a mídia, com que o mercado ‘fique nervoso’. “Há muitas incertezas, geradas por esta forma desesperada de desmonte do Estado imposta pelo governo. Em processos anteriores de desmonte, tentaram não fazer de forma tão acelerada”, analisou. Disse que é possível ver na mídia estrangeira o desmonte do Estado sendo analisado de forma crítica.

Para Paulo Flores, jornalista da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), especialista em análise de mídia, os veículos de imprensa brasileiros têm como característica histórica a utilização das fontes oficiais sem qualquer tipo de análise crítica, ou de contraposição ao que é informado por estas fontes. Reproduzem tais informações como se fossem verdade absoluta, como comprovam estudos acadêmicos.

Citou como exemplo o fato da imprensa ter divulgado a aprovação da reforma da previdência dos servidores públicos de São Paulo (SampaPrev), como algo bom sem sequer ter tido acesso aos números que comprovam os supostos benefícios ditos pela administração municipal; que divulga a venda das subsidiárias de empresas públicas – com excelentes serviços prestados à população, altamente lucrativas, que se autossustentam e ainda ajudam o Tesouro – como algo bom, sem sequer colocar em questão a suspensão da entrada destes recursos com a venda destas empresas.

“Mas, além disso, existem outros pontos a serem levados em consideração. Os dois principais são a falta de regulamentação dos meios de comunicação, inclusive da falta de democratização da comunicação, e outro é que os veículos de comunicação são na verdade empresas de comunicação. Como empresas, têm seus interesses.

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Como empresas, precisam de recursos para se sustentar. E estes recursos vêm de outras empresas que também têm seus interesses”, frisou.

Mídia é cúmplice e sócia do mercado

O jornalista e analista político Henrique Acker encontra no comportamento parcial da mídia brasileira um desleixo completo, uma falta de interesse e uma preguiça claramente direcionada pelos chefes de Redação, pelos dirigentes da mídia, em relação a investigar de fato o que se passa nas empresas estatais e nos órgãos públicos. “Há uma má vontade muito grande, porque a grande mídia é parceira e cúmplice do mercado neste processo de concentração de riqueza, de concentração de renda”, disse.

Segundo Henrique Acker, a política econômica de Paulo Guedes é uma política de pirataria. “É isso. Não dá para classificar de outra forma. O que está se fazendo com a Petrobras é de um absurdo gigantesco. Um país que é autossuficiente na prospecção de petróleo tem que refinar praticamente todo o seu petróleo fora e comprar derivados a preços do mercado internacional. É um absurdo completo”, criticou.

Acrescentou que o que está sendo feito com a Caixa Econômica Federal, criando subsidiárias altamente lucrativas para vendê-las privatizando o filé mignon, é o mesmo que vem sendo imposto ao Banco do Brasil. “O BB segue as regras do mercado, hoje, com mais de 50% de acionistas privados, metade destes do Brasil e a outra de estrangeiros”, lembrou. E questionou: “Mas, afinal, qual é o papel de um banco público como a Caixa, que administra os recursos do FGTS, os programas sociais, como o Bolsa Família, o auxílio pago nestes meses de pandemia, programas de habitação. Com todas as limitações, é a Caixa Econômica que faz porque é voltada para o país”, lembrou.

A importância dos bancos públicos

Para o jornalista o banco público é a defesa da sociedade. “Eles têm a possibilidade de interferir no sistema financeiro de maneira a diminuir as exigências que os bancos privados fazem; de influir nas taxas de juros para forçar que elas sejam equilibradas mesmo dentro de uma lógica de mercado.

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Infelizmente, os últimos governos que tivemos no Brasil não trataram as coisas assim, muito menos este governo Bolsonaro que é um governo de pirataria, e venda, de leilão do que é público”, frisou.

Questionou o fato de matérias sobre a importância dos bancos públicos e os prejuízos que serão causados pela sua privatização não serem publicadas pela mídia brasileira. “Por que essa má vontade, por que essa ausência da mídia brasileira?

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Porque os grupos de mídia no Brasil não só compraram a ideia deste ultraneoliberalismo como são parceiros, são sócios deste modelo. Por isto, num próximo governo, é preciso que se avance num processo de regulamentação da mídia. É preciso que a sociedade tenha um mínimo de controle sobre o que está se passando no rádio, na televisão, porque estas são concessões públicas”, defendeu.

Disse que um dos maiores problemas hoje é a maneira como o sistema financeiro privado interfere nas economias, aumentando a concentração de riqueza, a concentração de renda, entre outros, através da distribuição de lucros e dividendos. “Com relação ao Brasil é o liberou geral, o país nem taxa lucros e dividendos. Nós vemos hoje o BB distribuindo lucros e dividendos, se preocupando com os acionistas privados. A grande preocupação na Petrobrás é neste sentido também”, frisou.

Avaliou que o setor público está sendo usado como muleta para aumentar a concentração de riqueza do sistema financeiro. “Acho isso muito grave. Para além do aspecto em si da ausência de debate na mídia brasileira sobre este tema das estatais, das privatizações, da destruição dos serviços públicos, é que essa ausência leva a uma dificuldade cada vez maior da sociedade em compreender qual é o instrumento básico de concentração de riqueza que age no Brasil e que é imposto pelo Paulo Guedes, pelo governo do Temer e mesmo por aqueles que vieram antes”, afirmou.

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