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sábado, abril 27, 2024
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Justiça Federal dá prazo até esta quarta (29) para que hospitais federais digam como vão tratar pacientes de covid-19

A 15ª Vara Federal do Rio de Janeiro deu prazo até esta quarta-feira (29/4) para que os gestores dos hospitais federais de Bonsucesso, da Lagoa, de Ipanema, dos Servidores do Estado, do Andaraí e Cardoso Fontes expliquem que medidas concretas foram (ou estão sendo) tomadas para preparar essas unidades para o atendimento de pacientes de covid-19. A determinação foi tomada após audiência realizada na última segunda-feira (27/4), com participação, via canais remotos, de representantes da Defensoria Pública da União (DPU), do Ministério Público Federal, do Estado do Rio de Janeiro, do Município do Rio, da Fiocruz, Fiotec, Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no RJ, Coren-RJ e gestores dos hospitais federais.

A audiência teve como objetivo dar sequência ao cumprimento de decisão proferida dia 22/4 pela juíza Carmen Silva Lima de Arruda, que ordenou aos hospitais federais a liberação de leitos para tratamento de pacientes com covid-19. A decisão foi em resposta a uma ação movida pelo Ministério Público Federal e Defensoria Pública da União.

Hospital de Bonsucesso é intimado a prestar informações sobre covid-19

Outro encaminhamento da audiência foi intimar a direção-geral do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) a juntar aos autos do processo a relação dos profissionais ativos da unidade, discriminando quais desses profissionais realizaram testes e estão positivos para covid-19 e quais estão afastados por autodeclaração, incluindo o motivo dos afastamentos. A direção do HFB também foi instada a informar que providências está tomando para controle da contaminação dos profissionais; comprovar todas as compras realizadas a partir de 6 de fevereiro; responder se há previsão para aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) pelo próprio hospital e qual o saldo de orçamento disponível para uso da unidade. O HFB deverá ainda informar quantos leitos estão ocupados com pacientes de covid-19 e discriminar as necessidades para abertura dos 210 leitos vazios no prédio 1.

Outra decisão da audiência foi intimar a RioSaúde (empresa pública de saúde do município do Rio) a explicar o prazo para início de contratação dos profissionais selecionados através do Edital nº 74/2020, bem como o critério utilizado para encaminhamento dos profissionais contratados ao HFB e ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho.

Servidora denuncia precariedade do Hospital Cardoso Fontes

Segundo noticiado pelo jornal O Globo, após a decisão judicial do dia 22/4 a diretora-geral do Hospital Cardoso Fontes, Ana Paula Fernandes, enviou um ofício ao núcleo de gestão dos hospitais federais sobre as medidas de enfrentamento ao coronavírus. No documento, a diretora-geral afirma que a unidade ‘não tem condições de ofertar leitos a outros hospitais da rede pública devido à demanda de pacientes com covid-19’, alertando para a possibilidade de transmissão intra-hospitalar.

Em vídeo publicado em rede social, na última segunda-feira (27), a servidora Christiane Gerardo, dirigente regional do Sindsprev/RJ, mostrou o corredor da emergência do Hospital Cardoso Fontes, com apenas dois metros de largura e cheio de macas com pacientes. Ela denunciou que no setor há apenas seis leitos para atender 23 pacientes, todos com coronavírus, alguns deles já entubados. “Na emergência, quem chega sem os sintomas clássicos fica junto com os demais. A separação só é feita após o teste de covid-19”, afirma Christiane.

Explosão de mortes por síndrome respiratória confirma subnotificação de casos

Com 71.886 casos confirmados e 5.017 óbitos até o momento, a pandemia da covid-19 vem crescendo em progressão geométrica em todas as regiões do Brasil, com destaque para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Amazonas, onde o colapso da rede pública de saúde já é uma triste realidade.

De acordo com balanço do Ministério da Saúde, o número de casos confirmados cresceu 8,1% nas últimas 24 horas. A China, que confirmou o primeiro óbito pelo novo coronavírus no dia 11 de janeiro, agora foi ultrapassada pelo Brasil, que registrou oficialmente a primeira morte pela covid em 17 de março e já ocupa o 9º lugar no mundo em índice de contaminação e mortes.

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Um grave problema da evolução da covid-19 no Brasil é a subnotificação de casos, provocada pela ausência de testagem em massa no país.

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Dados do Portal da Transparência dos cartórios de registro civil mostram que, durante a pandemia, as mortes provocadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram 1.035% em relação ao mesmo período do ano passado. De 16 de março a 28 de abril, por exemplo, foram atestados 1.692 casos, enquanto que em 2019 houve apenas 149. No Rio de Janeiro, subiu de 9 para 225 o número de mortes por SRAG, um aumento de 2.400% em comparação com o mesmo período de 2019. Em São Paulo, o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave foi de 842%, ou oito vezes mais que o aferido no mesmo período de 2019.

Colapso das UPAs mostra crise na porta de entrada das unidades públicas

O aumento exponencial da contaminação por covid-19, associado ao desmonte da saúde pública implementado pelos governos federal, estaduais e municipais, tem sobrecarregado ainda mais as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em todo o Estado do Rio. Muitos dos pacientes que buscam as UPAs para tratamento de covid-19 já fizeram o caminho inverso, ou seja, são pacientes que buscaram atendimento emergencial em hospitais, mas, diante da inexistência de leitos de UTI disponíveis, correm para as UPAs na esperança de se tratarem da enfermidade.

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Mas as UPAs são unidades inadequadas e desaparelhadas para atender casos graves de covid-19. Também não são unidades indicadas para internações de longo prazo.

Mesmo assim, a sobrecarga tem sido crescente, em razão da desassistência geral que se verifica a partir da explosão de casos de covid-19. Até a última terça-feira (28), das 30 UPAs estaduais e municipais do Rio, mais de 24 estavam com suas salas vermelhas lotadas.

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