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quarta-feira, maio 15, 2024
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Governo federal dá novo golpe no piso da enfermagem. Todos ao ato de hoje, às 11h, no Hospital do Andaraí

Em continuidade às mobilizações pelo pagamento do piso salarial da categoria, profissionais da rede federal de saúde do Rio fazem hoje (14/7) mais um ato unificado. Desta vez, a manifestação será em frente ao Hospital Federal do Andaraí, a partir das 11h, e o objetivo é fortalecer a greve por tempo indeterminado iniciada no último dia 29/6.

Ontem (13/7), profissionais de enfermagem do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) reafirmaram a luta pelo piso durante sua assembleia específica, que ampliou o chamamento para adesão à greve. Na segunda-feira (17), a partir das 11h, em frente ao Hospital Municipal Souza Aguiar (Centro), a enfermagem do Rio faz novo ato unificado pelo pagamento do piso.

Esta semana, o Ministério da Economia — com a lamentável conivência do Ministério da Saúde — praticou mais um duro golpe contra o piso da enfermagem, numa medida que vai prejudicar a maioria dos profissionais lotados na rede federal. Por meio da Mensagem nº 564804, orientou que os setores de Recursos Humanos (RH) do Ministério da Saúde paguem o piso da enfermagem proporcionalmente a uma jornada de 44 horas semanais, segundo a ação cautelar proferida pelo Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante o julgamento na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 7.222. Assim, isto significa que, também na rede federal, os profissionais de enfermagem receberão o piso em valores muito inferiores aos estabelecidos na Lei nº 14.434 (Lei do Piso). “O atrelamento do piso à estrutura remuneratória da carreira da seguridade social é um golpe que, na prática, enterra o conteúdo da Portaria 597, do Ministério da Saúde, e acaba com o nosso direito a uma remuneração digna. De quebra, também implica o não reconhecimento da jornada semanal de 30h que já praticamos na rede federal.

Não podemos aceitar a extinção do nosso piso. Precisamos radicalizar a greve, aumentando a nossa participação nos atos e chamando mais colegas a aderirem à paralisação”, protestou Cristiane Gerardo, dirigente regional do Sindsprev/RJ.

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Aprovado pelo Congresso Nacional em agosto de 2022, a partir do Projeto de Lei (PL) nº 2564/2020, posteriormente transformado na Lei nº 14.434, o piso salarial nacional da enfermagem teve seus valores definidos em R$ 4.750 (enfermeiros), R$ 3.325 (técnicos de enfermagem) e R$ 2.375 (auxiliares de enfermagem e parteiras).

Em 30/6, o STF finalizou o julgamento do piso definindo que os valores devem ser pagos por estados, municípios e autarquias somente nos limites dos recursos repassados pela União, o que vale também para as entidades privadas que atendam, no mínimo, 60% de seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde. O tribunal também atrelou os valores a uma jornada de 44h semanais. Para o setor privado, o STF determinou a possibilidade de valores regionais para o piso, o que é ainda pior.

Ao julgar as implicações do piso salarial da enfermagem, o STF atendeu a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade — ADI nº 7.

222 — movida pelos patrões do setor privado reunidos na Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde).

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