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domingo, maio 5, 2024
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Além da enfermagem, processo seletivo na rede federal oferece baixos salários para outras categorias profissionais

O processo seletivo recentemente anunciado pelo Ministério da Saúde para contratação temporária (por 6 meses) de 4 mil profissionais na rede federal do Rio oferece baixos salários não somente à enfermagem, mas também a outras funções de apoio, como psicólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, farmacêutico, fonoaudiólogo, odontólogo e nutricionista, entre outras. A partir dessa constatação, a dirigente regional do Sindsprev/RJ em Jacarepaguá, Cristiane Gerardo, reforçou as críticas que já fizera ao processo seletivo. “Assim que o Edital foi lançado, no dia 11 de fevereiro, denunciamos imediatamente o quanto o Ministério da Saúde desvalorizou os profissionais da enfermagem, ao oferecer salários muito aviltados. Mas o problema é geral para outras categorias, comprovando que o atual governo não tem o menor respeito pelos trabalhadores da saúde pública no Brasil”, frisou ela.

Outra crítica destacada por Cristiane é ao fato de o processo seletivo oferecer 117 vagas a menos do que deveria, problema que, segundo ela, significa o descumprimento de decisões judiciais que determinaram a manutenção de, no mínimo, 4.

117 contratados na rede federal do Rio.

As contratações oferecidas pelo processo seletivo são para as funções de Médico; Enfermeiro; Técnico de enfermagem; Atividades de Gestão e Manutenção Hospitalar, Apoio Técnico e Diagnóstico (Nível Superior); e Atividades de Suporte em Gestão e Manutenção Hospitalar, Apoio Técnico e Diagnóstico (Nível Intermediário).

Veja outras postagens sobre a rede federal, clicando nos links abaixo:

Processo seletivo

Militarização da saúde

Além de criticar as incoerências do processo seletivo para a rede federal, a desvalorização da enfermagem e de outras categorias profissionais, Cristiane Gerardo fez um apelo no sentido de que os servidores participem da campanha salarial convocada pelo Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), com apoio das centrais sindicais. O indicativo da campanha é a realização de greve geral do funcionalismo para o próximo dia 9 de março, caso o governo Bolsonaro não atenda ao principal item da pauta: reajuste salarial de 19,99%.

No Rio de Janeiro, os servidores da seguridade e do seguro social farão atos públicos em frente à Superintendência Regional do Ministério da Saúde (antigo Nerj), na rua México, 128 – Centro, e em frente ao prédio da Gerência Centro do INSS, na rua Pedro Lessa. Os horários das duas manifestações ainda serão definidos. A proposta é de que, nos setores onde for possível, os servidores da seguridade e do seguro social também realizem paralisações.

“Estamos há seis anos sem reajuste salarial e trabalhamos sob condições cada vez mais precárias, em unidades de saúde onde centenas de leitos foram interditados por conta de uma política de doença e morte praticada pelo governo. É um problema que atinge a enfermagem e todas as demais categorias no âmbito do SUS. Precisamos reverter essa situação.

Não dá mais pra continuar assim”, ressaltou Cristiane.

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