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domingo, maio 5, 2024
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Por negligência em relação à covid, entidades sindicais querem impeachment de Marcelo Queiroga

A pandemia de covid cada vez mais desnuda a irresponsabilidade do atual governo. Na última sexta-feira (21/1), os presidentes da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Paulo Jeronimo, e do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ), Alexandre Telles, protocolaram junto à Câmara dos Deputados, em Brasília, um pedido de impeachment do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Na véspera (20/1), ambos estiveram no gabinete do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e apresentaram o requerimento para que Queiroga seja afastado do cargo.

Jeronimo e Telles alegam que “o negacionismo à ciência, as medidas protelatórias para a vacinação das crianças e a completa submissão aos ditames do presidente Jair Bolsonaro (PL)” são os principais argumentos que justificam o impeachment.

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Gestão da morte

Denúncia de médicos contra Queiroga

Pedido de impeachment contra Queiroga

Historicamente, pedidos de impeachment de ministros são medidas que, do ponto de vista mais geral, costumam não fazer muito sentido. Isto porque, na prática, todos os ministros de qualquer governo sempre estarão — em maior ou menor grau — praticando e implementando as políticas definidas, em última instância, pelo chefe de estado. Ou seja: Queiroga implementa as políticas negacionistas e irresponsáveis de Bolsonaro, por mais que, pessoalmente, Queiroga também aprove tais políticas.

No entanto, o pedido de impeachment de Queiroga não deixa, por isso mesmo, de ser uma importante iniciativa para aumentar o desgaste do atual governo, que desde o início da pandemia vem negligenciando a gravidade das contaminações e mortes provocadas pela covid em todo o país.

Governo boicotou vacinação contra covid

O exemplo mais recente dessa atitude absolutamente irresponsável e contrária à vida humana foi o boicote sistemático do Ministério da Saúde à vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade. Embora aprovada pela Anvisa em meados de dezembro, a vacinação só foi iniciada (e com muito atraso) neste mês de janeiro. Mesmo assim, a conta-gotas, na medida em que as doses distribuídas pelo governo Bolsonaro aos municípios brasileiros ainda são muito insuficientes para o atendimento da demanda em nível nacional.

Outro exemplo do teatro de absurdos em que se transformou o Ministério da Saúde sob a gestão Bolsonaro-Queiroga foi a recente nota técnica que lista supostas “justificativas” para manter o uso do kit Covid no SUS. Kit este que inclui a hidroxicloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz no combate à doença, conforme parecer da Organização Mundial de Saúde (OMS). Na referida nota técnica, além de defender o uso da cloroquina, o Ministério da Saúde chegou ao disparate de afirmar que as vacinas contra a covid “não funcionam”, quando na verdade é o contrário. Ou seja: as internações e mortes por covid no Brasil só começaram a cair justamente porque parte expressiva da população foi imunizada pelas vacinas aqui distribuídas, como Coronavac, Astrazêneca, Pfizer e Janssen.

 

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