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terça-feira, maio 14, 2024
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Corrupção, mortes pela covid e protestos aumentam crise do governo Bolsonaro

Mergulhado numa crise política sem precedentes, o governo Bolsonaro tenta encontrar uma saída para se salvar. A existência de um grande esquema de corrupção envolvendo a compra de vacinas contra a covid-19 a preços superfaturados e o crescimento das manifestações pelo impeachment e punição do presidente estão fazendo crescer a cada dia o seu isolamento e o descontentamento de amplos setores sociais com o seu governo, que está sendo apelidado de ‘o governo da morte’, capaz de ganhar dinheiro com a pandemia, ou seja, com a vida das pessoas.

Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira (5/7) mostra que a avaliação pessoal de Jair Bolsonaro piorou desde fevereiro. A desaprovação do presidente passou de 51,4% para 62,5%, o pior percentual registrado desde fevereiro de 2019, quando foi feita a primeira pesquisa do instituto na gestão Bolsonaro. Já a aprovação despencou de 43,5% de fevereiro para 33,8% em julho.

A avaliação negativa da gestão Bolsonaro também aumentou e 48,2% dos entrevistados para a pesquisa afirmaram que o governo é ruim ou péssimo. Em fevereiro, eram 35,5%. É o maior percentual das pessoas que avaliam a gestão de forma negativa desde o início do mandato de Bolsonaro.
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Segundo especialistas, a situação de Bolsonaro tende a se agravar, com os novos depoimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Genocídio e o crescimento das manifestações. Já se sabe que o esquema armado para a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin é a ponta do iceberg de um esquema muito maior do qual fariam parte funcionários do Ministério da Saúde indicados por aliados de Bolsonaro, como o líder do governo Ricardo Barros (PP-PR), empresas de fachada com sede em paraísos fiscais, como Cingapura, e empresas privadas nacionais ligadas ao primeiro escalão, que tinham como papel assinar contratos com preços muito acima dos pagos aos laboratórios produtores dos imunizantes.

No caso da Covaxin, o preço inicial por dose era de 100 rúpias, ou US$ 1,34.
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Mas, no contrato assinado pela brasileira intermediária Precisa Medicamentos, foi fixado em US$ 15, um superfaturamento de mais de 1.000%. A Precisa tem como sócio Francisco Maximiano, que é sócio também da Global Saúde, que recebeu antecipados R$ 20 milhões do Ministério da Saúde, quando o mesmo Ricardo Barros era o ministro da pasta, em 2017, no governo Michel Temer, para a venda de medicamentos para doenças crônicas que nunca foram entregues. Corre processo na Justiça sobre o caso.

Dois depoimentos devem colocar mais lenha na fogueira que queima Bolsonaro e seus aliados que – pelo que se viu na CPI – começam a abandonar o navio. Nesta terça-feira, vai depor Regina Célia Silva Oliveira. Ela é fiscal do contrato da Covaxin e foi a responsável por aprová-lo, apesar das inúmeras fraudes que ele contém e que foram denunciadas por Luiz Cláudio Miranda, chefe do setor de importação do Ministério da Saúde.

Além de superfaturado, o contrato previa pagamento adiantado de US$ 45 milhões não ao laboratório Barath Biotech, ou a intermediária Precisa Medicamentos, mas a uma empresa com sede em Cingapura, que se descobriu ser de fachada, e que representava outras 600 empresas, a Madison Biotech.
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O dinheiro para o pagamento total estava liberado. Eram mais de R$ 1,6 bilhão. Regina Célia foi apontada pelo deputado Luis Ricardo Miranda (DEM) como tendo dado aval para a compra, mesmo depois de o servidor Luis Cláudio Miranda, irmão do deputado, ter apontado suspeitas de irregularidade no contrato. Bolsonaro não negou a denúncia feita por ambos, de que denunciaram a ele as pressões para a liberação do contrato e da antecipação do pagamento, entre outras irregularidades.

O fato complica ainda mais a situação já difícil de Bolsonaro que, ao contrário do que prometeu a ambos, não mandou investigar as denúncias, e está sendo investigado pela CPI por prevaricação, crime que pode levá-lo ao impeachment. Regina Célia pode reforçar a participação do presidente no esquema. Ela foi indicada pelo líder do governo Ricardo Barros, homem de confiança de Bolsonaro. O presidente está sendo investigado não apenas por não investigar mas de participar do esquema. Ele se empenhou pessoalmente em assinar o contrato, tendo ligado para o primeiro-ministro da Índia para assegurá-lo de que o negócio seria fechado. E baixou MP liberando contratos de vacinas, mesmo sem a autorização da Anvisa, caso em que estava incluída a Covaxin.

Outro a depor é Roberto Ferreira Dias apontado por Luiz Paulo Dominghetti, policial militar que se apresenta como representante da Davati no Brasil, de pedir propina para a compra da AstraZeneca. Mais um indicativo de que a corrupção era endêmica e envolvia mais vacinas do que a Covaxin. Ele nega a cobrança de propina mas foi demitido do Ministério da Saúde na última terça-feira (29/6).

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