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sexta-feira, maio 3, 2024
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Assassinato de dirigente do PT por policial bolsonarista é atentado político

Ao contrário do que a mídia empresarial quer fazer crer, o assassinato em Foz do Iguaçu do dirigente do Partido do Trabalhadores por um policial penal federal bolsonarista foi um crime de cunho político incentivado pelo permanente discurso de ódio que vem sendo propagado pelo presidente Jair Bolsonaro desde antes de assumir a Presidência da República. A avaliação é feita por jornalistas que acompanham o caso.

Kenedy Alencar, comentarista político do site UOL, criticou o comportamento da imprensa que tenta tratar o assunto como um problema pessoal, causado por ânimos exaltados. Disse ter vergonha da manipulação que vem sendo feita pela mídia. E aponta a responsabilidade do presidente da República neste e em outros episódios recentes, como o da bomba caseira atirada por outro bolsonarista no comício de Lula, na Cinelândia, no Rio de Janeiro.

O crime foi na madrugada de domingo (10). Marcelo Aloizio de Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT de Foz, de 50 anos, foi morto a tiros na própria festa de aniversário – com temática do Partido dos Trabalhadores e do ex-presidente Lula – pelo policial penal federal Jorge Guaranho. O assassino já entrou atirando.

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“Vergonha alheia desse jornalismo que passa pano para Bolsonaro, que tem responsabilidade, sim, pelo crime político cometido por seu apoiador em Foz do Iguaçu. Bolsonaro tem culpa por semear ódio todos os dias. A imprensa sabe disso, mas boa parte segue no “doisladismo” cúmplice”, afirmou Kenedy Alencar.

Recado de Bolsonaro

Para o jornalista Kiko Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, Jorge José da Rocha Guaranho e Marcelo Arruda são vítimas de Jair Bolsonaro. Lembrou que na live de quinta-feira (7), o presidente disse que seus eleitores sabem “como se preparar”.

“Não preciso dizer o que estou pensando, mas você sabe o que está em jogo. Você sabe como você deve se preparar, não para o novo Capitólio, ninguém quer invadir nada, mas sabemos o que temos que fazer antes das eleições”, falou Jair Bolsonaro. “Guaranho entendeu o recado”, comentou Nogueira.

Já o jornalista Henrique Acker, especializado na análise da cobertura política, disse que ao contrário do que parte da mídia empresarial brasileira tentou dar a entender, o incidente que ocorreu em Foz do Iguaçu foi claramente um atentado político.

“Pelo que se sabe, o assassino não conhecia, nem tinha qualquer ligação com o rapaz que foi morto, que era militante do PT e foi candidato e vice-prefeito da cidade. A primeira questão a descartar é que não havia nenhuma questão de ordem pessoal, dívida, ou qualquer coisa do gênero. A vítima estava comemorando o seu aniversário e, ao mesmo tempo, fazendo campanha para o candidato Lua, com seus amigos e sua família. O assassino chegou ao local, fez ameaça, disse que ia voltar e voltou atirando. Isto consta de todos os relatos que não foram desmentidos nem pela esposa do assassino”, afirmou Acker.

Incentivo à violência

Para o jornalista, o fato ocorreu, em função do incentivo ao armamento, de resolver as questões na base da violência posto em prática principalmente pelo presidente da República. “Bolsonaro é o principal cabo eleitoral deste tipo de comportamento. É a expressão viva desta postura de que tudo tem que ser resolvido através de violência. E o resultado disso, nós estamos vendo neste e em outros episódios recentes, como o do bolsonarista que jogou uma bomba caseira com fezes no comício do Lula na Cinelândia. Portanto, não é um caso isolado. A pessoa chegou lá com a intenção de cometer o crime.

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Tanto é que chegou o local disfarçado, coberto com adesivos do Lula”, disse.

Frisou que o governo Bolsonaro não só estimula a violência como cria as condições para isto. “Há algum tempo, este assassino não teria direito à arma fora do seu local de trabalho, mas toda a legislação foi modificada para facilitar o acesso a armas”, lembrou. Repetiu que o caso de Foz do Iguaçu foi claramente um atentado político contra uma manifestação politica e que isto está crescendo por parte da extrema-direita, justamente quando mais se aproxima a eleição presidencial.

A resposta – opinou – tem que ser dada nas ruas, com manifestações, sempre com cuidado redobrado, nunca fazendo atividades, como distribuição de panfletos de forma isolada, atuando coletivamente.

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“Além da resposta política a ser dada pelo novo governo, com a revogação de todas estas mudanças que facilitaram o acesso a armas, feitas pelo governo Bolsonaro. Esta cultura da violência é uma cultura fascista que precisa ser removida”, defendeu.

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