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quinta-feira, maio 9, 2024
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Ao contingenciar verbas da covid, governo Bolsonaro contribuiu para disseminação da doença

Um número divulgado na última quarta-feira (22/7) pelos principais veículos de comunicação do país mostrou o tamanho da irresponsabilidade e da total falta de compromisso do governo Bolsonaro com a vida e a saúde da população: dos R$ 39,2 bilhões que o Ministério da Saúde tem disponíveis para o enfrentamento da covid-19, só R$ 12,2 bilhões (ou 31%) foram efetivamente gastos. Às vésperas de entrar no sexto mês de pandemia no país, o ministério ainda tem R$ 27 bilhões disponíveis para investir em transferências a estados e municípios ou por meio de aplicações diretas, como compras centralizadas, para combater o novo coronavírus.

Os dados são do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e se referem a desembolsos feitos até 13 de julho deste ano, quando a doença já havia matado 72 mil brasileiros e infectado mais de 1,8 milhão. Segundo o CNS, o valor já gasto, somado ao que está apenas empenhado (reservado para honrar repasses e contratos no futuro), soma R$ 25,7 bilhões (pouco mais da metade do total).

Em outra frente, auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) também chegou a dados parecidos. O levantamento do TCU aponta investimento de apenas 29% da verba disponível na pasta da saúde.

Demora na execução do orçamento contribuiu para número de mortes

Em declaração ao jornal O Globo, o coordenador adjunto da Comissão Intersetorial de Orçamento e Financiamento (Cofin) do CNS, Claudio Ferreira do Nascimento, afirmou que a falta de agilidade na execução dos recursos disponíveis para combater a covid-19 tem sido determinante no avanço da doença. “Numa situação de pandemia, essa demora é fatal e tem relação com a quantidade crescente de mortes”, disse Nascimento.

O contingenciamento de verbas de combate à covid é ainda mais inaceitável quando se constata o avanço da doença no Brasil, onde 84.

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251 pessoas já morreram em decorrência do coronavírus, segundo dados apurados até esta quinta-feira (23/7) pelo consórcio de veículos de imprensa formado por O Globo, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo. Isto porque, desde a posse o ministro interino da Saúde, General Eduardo Pazuello, o governo Bolsonaro reduziu ainda mais a transparência na divulgação de informações relacionadas à covid.

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De acordo com o levantamento feito pelo consórcio, o número de infectados no país já é de 2,2 milhões de pessoas. Na última quarta-feira (22), o Brasil bateu um novo e triste recorde, quando registrou 65.339 novos casos de infecções por covid em 24 horas.

Negacionismo do governo Bolsonaro contribuiu para disparada da covid

Para que o Brasil chegasse (como chegou) à triste posição de segundo país do mundo em número de contaminados e mortos pela covid, atrás apenas dos Estados Unidos, uma das causas principais tem sido a postura irresponsável e negacionista do governo federal, começando por Bolsonaro.

Desde o início da pandemia, em março, Bolsonaro e seus ministros tudo fizeram para sabotar as medidas de distanciamento social e minimizar o avanço da doença, apesar de evidências científicas já apontarem, naquele momento, um enorme potencial de transmissibilidade do novo coronavírus. Além de inúmeras vezes aparecer sem máscara em eventos públicos, Bolsonaro sempre assumiu comportamento de deboche perante a tragédia da covid. Em abril deste ano, durante uma entrevista concedida em frente ao Palácio da Alvorada, quando questionado sobre o avanço da doença, Bolsonaro afirmou: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”.

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Em episódio posterior, referindo-se ao uso de cloroquina — medicamento comprovadamente ineficaz no combate à covid —, Bolsonaro mais uma vez debochou dos mortos pela doença, ao afirmar: “quem for de direita toma cloroquina, quem for de esquerda toma tubaína”.

Em julho, um exame laboratorial em Bolsonaro testou positivo para a covid, forçando-o a uma suposta quarentena pessoal. Mesmo assim, Bolsonaro continuou com sua postura irresponsável e desrespeitosa ao falar da doença. Nesta quinta-feira (23/7), após cumprimentar apoiadores no Palácio da Alvorada, disse que ‘não tem como evitar mortes causadas pelo novo coronavírus’, como se o avanço da pandemia fosse uma ‘fatalidade’ diante da qual todos devam se resignar.

Governo produziu mais cloroquina, mesmo sabendo que é ineficaz na covid

No Brasil, mesmo diante de todas as evidências científicas da ineficácia da cloroquina no tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus, Bolsonaro continua fazendo ‘propaganda’ do medicamento. Tradicionalmente utilizado na combate à malária, a cloroquina possui efeitos colaterais que podem levar pacientes a óbito.

Em inúmeras ocasiões, inclusive após ter testado positivo para covid, Bolsonaro apareceu em vídeos (Lives) ao lado de uma caixa do medicamento, induzindo muitos de seus apoiadores a acreditarem numa suposta eficácia que na verdade nunca existiu. Mas os problemas envolvendo a cloroquina não terminam aí.

De forma também irresponsável — como tudo no atual governo —, em maio deste ano Bolsonaro ordenou que o Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército ampliasse em 100 vezes a sua produção de cloroquina, o que levou o Tribunal de Contas da União a abrir uma linha de investigação sobre o gasto adicional com o medicamento. A pergunta que não quer calar é a seguinte: Bolsonaro vai (ou não) responder por improbidade administrativa, uma vez que seu governo aumentou os gastos públicos com uma droga (cloroquina) comprovadamente ineficaz para o tratamento da covid?

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