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segunda-feira, fevereiro 3, 2025
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Em 2024, cresceu a violência praticada contra jornalistas no mundo

Segundo o mais recente balanço da organização ‘Repórteres Sem Fronteiras’, 54 jornalistas foram mortos, em todo o mundo, desde o início deste ano de 2024. Mortes que ocorreram durante o trabalho ou por causa dele. O número de mortes é o mais elevado dos últimos cinco anos e, em sua conclusão, o documento da organização ‘Repórteres Sem Fronteiras’ afirma textualmente: “os jornalistas não morrem, são mortos; eles não estão na prisão, os governos os jogaram lá; eles não estão desaparecidos, foram sequestrados.”

O aumento da violência contra profissionais de imprensa também é confirmado por relatório da Federação Internacional de Jornalistas que, neste ano de 2024, constatou o assassinato de 104 trabalhadores de mídia em todo o mundo. Mais da metade destes profissionais foi assassinada na Faixa de Gaza (Palestina), região onde, há mais de um ano, o Estado de Israel promove uma inaceitável limpeza étnica que já ceifou a vida de 45 mil pessoas, muitas delas crianças, idosos e mulheres.

Em declaração ao portal de notícias da Agência Brasil, a presidente Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Samira de Castro, afirmou que os dados dos dois relatórios mostram que “os jornalistas estão sob ataque” e que “a sociedade não pode naturalizar essa violência, já que fere o direito de ter acesso à informação”.

A organização ‘Repórteres Sem Fronteiras’ identificou que, este ano, cerca de 100 jornalistas ainda estão desaparecidos, em 34 países. Em razão da continuada violência, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a data de 2 de novembro como o ‘Dia Internacional para Acabar com Impunidade para Crimes contra Jornalistas’. De acordo com a Unesco — órgão da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura —, mais de 1.700 jornalistas foram mortos em todo o mundo, entre 2006 e 2024.

No Brasil, os ataques a profissionais de imprensa e a organizações de mídia foram intensificados sobretudo durante o governo Bolsonaro (2019-2022), quando também houve um agravamento de fenômenos de desinformação como fake news.

 

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