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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Assembleia aprova luta pela transferência da rede federal para carreira da Ciência e Tecnologia

Em uma assembleia histórica que lotou o auditório do Hospital dos Servidores, os profissionais da rede federal de saúde aprovaram por unanimidade nesta terça-feira (16/4) a luta pela sua transferência da carreira da seguridade para a da Ciência e Tecnologia. A decisão tem como finalidade corrigir as distorções funcionais, valorizar os servidores e acabar com a política de desmonte das unidades imposta pelas gestões que se sucedem no governo federal, incluindo a do atual.

“Os hospitais da rede atendem às exigências da carreira da ciência e tecnologia, pois são de alta complexidade, fazem pesquisa e ensino, como a formação profissional, sem que os servidores sejam remunerados por sua qualificação. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) passou por este processo, o que mostra que esta mudança é perfeitamente possível”, afirmou a diretora do Sindsprev/RJ, Christiane Gerardo.

O diretor do Sindicato, Sidney Castro, alertou para a necessidade de todos os profissionais de saúde participarem da luta para alcançar a transferência para a nova carreira. “Vai ser necessária a unidade de todos, independentemente da profissão, e de muita luta. Não adianta só ficar nos grupos de zap. Nada cai do céu, só alcançaremos o que estamos nos propondo com muita mobilização e articulação”, afirmou. Ambos defenderam a articulação com as entidades nacionais, como a Federação Nacional (Fenasps).

O diretor do Hospital dos Servidores, Paulo Roberto Pereira, deu as boas-vindas aos servidores, na abertura da assembleia. “Espero que todos tenham sucesso na sua empreitada. Podem contar com o meu apoio”, afirmou. A coordenadora da Enfermagem, Cléria Pereira, também participou da abertura dos trabalhos. Da mesa que dirigiu a assembleia participaram os diretores do Sindsprev/RJ, Sidney Castro, Maria Ivone Suppo e Christiane Gerardo.

Articulação política

A assembleia aprovou também um calendário de lutas prevendo articulações com parlamentares estaduais e federais. O calendário agendou para o próximo dia 19, uma sexta-feira, às 11 horas, uma reunião com servidores dos hospitais federais no auditório do Sindsprev/RJ (Rua Joaquim Silva, 98-A, Lapa), com o objetivo de acertar detalhes de um encontro com a deputada estadual Marta Rocha (PDT-RJ), presidente da Comissão de Servidores da Assembleia Legislativa (Alerj), previsto para a mesma sexta-feira, às 13 horas. A ideia é organizar uma audiência pública sobre o assunto e formar uma Frente Parlamentar em Defesa dos Hospitais Federais.

Outra finalidade do encontro é definir uma agenda também no Congresso Nacional para garantir apoio de deputados e senadores para que a transferência para a Ciência e Tecnologia seja feita. “É preciso fazer a discussão com os parlamentares e, nas audiências públicas, com a sociedade. E além disto, ampliarmos nossas mobilizações como estamos fazendo e conseguindo obter seguidas vitórias. Lembro a todos que o mais difícil nós conseguimos anos atrás quando conquistamos a refederalização da rede de hospitais. Com luta e articulação política vamos tornar essa nossa transferência possível”, afirmou Christiane.

A dirigente fez uma exposição com dados comprovando o abandono das unidades federais pelo Ministério da Saúde. Os números oficiais mostram que com o novo governo, o desmonte não apenas se manteve como foi ampliado, com redução dos orçamentos dos hospitais, causando desabastecimento, não realização de concurso público com o objetivo de criar um caos nas unidades para depois privatizá-las, através da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), ou da municipalização e estadualização da rede que seria feita em fatias.

Campanha salarial dos servidores

A assembleia aprovou também por unanimidade a aceitação da proposta feita no último dia 10 de abril pelo governo de reajuste no auxílio-alimentação passando de R$ 658 para R$ 1000; da assistência pré-escolar de R$ 321 para R$ 484,90; e o valor per capita da saúde suplementar em 51%. A assembleia aprovou, ainda, um indicativo de greve pelo reajuste linear para todos os servidores públicos federais, em campanha salarial, já que o objetivo do governo com a proposta de reajuste dos auxílios, feita através de um termo de compromisso) é não mais fazer a negociação da reposição das perdas.

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