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domingo, novembro 24, 2024
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Manifestação na Cinelândia lembra um ano de atos golpistas e cobra punição de todos os responsáveis

“A luta pelas liberdades democráticas é essencial para que possamos garantir os nossos direitos. Os fascistas, os generais golpistas, os mercadores da fé e a extrema direita bolsonarista têm de ser exemplarmente punidos pelo que aconteceu em janeiro do ano passado”. Em tom de desabafo e profunda indignação, o servidor Esteban Crescente, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Sintufrj), expressou o sentimento da maioria dos militantes e ativistas que compareceram à Cinelândia na tarde desta segunda-feira (8 de janeiro), para lembrar — e mais uma vez repudiar — as tentativas golpistas ocorridas em Brasília há exatos 12 meses, quando milhares de bolsonaristas depredaram as sedes dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e tentaram derrubar o governo Lula (PT).

Com o mote ‘Sem Anistia aos golpistas – o Brasil se une em defesa da democracia’, o ato foi organizado e convocado por centrais sindicais, partidos políticos de esquerda, sindicatos, movimentos sociais e mandatos de parlamentares.

“O dia 8 de janeiro de 2023 foi uma data em que o bolsonarismo tentou acabar com a democracia no nosso país. E hoje estamos aqui para lembrar e repudiar aquelas manifestações golpistas. O ato de hoje será um marco da luta que continuaremos a travar em defesa da democracia, mas isto não significa que não continuaremos independentes do governo Lula (PT) nas mobilizações do funcionalismo por reajuste, concurso e em defesa de um serviço público de qualidade”, afirmou Pedro Jorge Gomes de Lima, dirigente da Fenasps e do Sindsprev/RJ.

“No dia 8 de janeiro de 2023 a extrema direita nazifascista e racista tentou um golpe que felizmente fracassou. Foi uma fracassada tentativa golpista e nós vencemos. Por isso é que hoje lembramos a memória daquele dia infame e mais uma vez reafirmamos nosso compromisso de defesa dos trabalhadores”, completou Osvaldo Mendes, dirigente da Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ.

Enquanto inúmeros oradores revezavam-se num grande carro de som postado em frente à escadaria da Câmara Municipal do Rio, manifestantes reafirmavam a necessidade de que as investigações sobre as responsabilidades pelos atos golpistas não terminem em pizza.

Passado um ano daqueles acontecimentos, o Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 30 pessoas diretamente envolvidas na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Na época do ocorrido, 2.170 pessoas foram presas, das quais 1.413 foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) por tentativa de golpe.

O problema é que, até o presente momento, só foram indiciadas e condenadas pessoas que participaram diretamente dos atos golpistas, e não os financiadores e autores intelectuais dos crimes cometidos no dia 8 de janeiro de 2023.

Na época em que ocorreram os atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, o Sindsprev/RJ divulgou uma nota pública de repúdio àquela infame tentativa de depor o governo Lula (PT), eleito de forma legítima pela maioria dos brasileiros.

Leia a Nota emitida pelo Sindsprev/RJ na época dos atos golpistas, clicando aqui.

Participaram do ato desta segunda (8/1), na Cinelândia, representantes de CUT, CTB, Federação Internacional dos Sem-Teto (Fist), Federação Única dos Petroleiros (FUP), Sindipetro-RJ, Sintufrj, Sindsprev/RJ, trabalhadores da Eletrobrás e dirigentes de partidos como PT, PCB, PcdoB e PSOL.

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