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domingo, novembro 24, 2024
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Dia do Trabalhador é dia de protesto por emprego e por direitos. Fora Bolsonaro!

O Dia Internacional do Trabalhador foi criado como um dia de luta contra a opressão e a exploração imposta pelo capitalismo – pelos patrões e seus governos. A data é uma homenagem aos trabalhadores dos Estados Unidos e do Canadá que em 1º de maio de 1886 se enfrentaram com a polícia em meio a uma greve geral pela limitação da jornada de trabalho em 8 horas diárias.

Houve muita repressão e, três dias depois, 38 operários estavam mortos, 115 feridos, sendo decretado Estado de Sítio em Chicago.
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Sindicatos foram fechados. Mais de 300 líderes grevistas presos.

Não é, portanto, uma data comemorativa, como ao longo de décadas tentaram fazer crer os patrões e os governos que os representam, chegando a mudar, no Brasil, o nome para Dia do Trabalho, numa evidente tentativa de camuflar o caráter classista deste dia 1º de maio. Com o mesmo objetivo, certas centrais sindicais tentam fazer festas, inclusive com sorteios de brindes.

Onde serão os atos

No Brasil haverá manifestações em todos os estados. A do Rio de Janeiro capital será a partir das 10 horas, no Aterro do Flamengo, na altura da Rua Silveira Martins. A atividade está sendo convocada pelas centrais sindicais, entre elas, a CTB, a CSP-Conlutas e a CUT. O tema será por um 1º de Maio “Fora Bolsonaro, Por Emprego, Direitos, Democracia e pela Vida”.

Em todo o mundo estarão acontecendo protestos que, além das reivindicações de melhores salários, condições de trabalho, denúncia da exploração dos patrões, pelo fim do assédio moral terão também pautas mais gerais da sociedade. No Brasil será ressaltada a necessidade de lutar pelo fim do governo Jair Bolsonaro que jogou o país no atoleiro, com a sua política econômica de aprofundamento do ajuste fiscal, corte do investimento público, causando estagnação econômica, com juros nas alturas, altas taxas de inflação e desemprego e aumento da pobreza e da miséria. Um projeto voltado para atacar a população e enriquecer ainda mais os ricos, banqueiros e grandes empresários.

Servidores públicos

Como parte do ajuste fiscal, Bolsonaro e Paulo Guedes têm ampliado o corte de verbas, sucateando o serviço público, proibindo concurso, arrochando os salários dos servidores e prejudicando ainda mais a população. No INSS e na saúde federal, o sucateamento é evidente, chegando quase ao colapso do atendimento.

Os servidores públicos em campanha salarial, estarão presentes ao ato. Os do INSS estão em greve, reivindicando questões específicas, como as 30 horas, carreira de estado, mas também itens que fazem parte da pauta de reivindicações entregue ao governo, como reajuste emergencial de 19,99%, concurso público e fim do teto de gastos entre outras.

O diretor do Sindsprev/RJ, Paulo Américo, frisou que este 1º de Maio tem um aspecto especial em todo o mundo, onde forças reacionárias, movimentos de extrema-direita, fascistas e nazistas vêm crescendo. “Ao mesmo tempo, com isto, vêm aumentando comportamentos torpes, como o racismo, a homofobia, e com a classe trabalhadora sendo massacrada perdendo direitos, com alto desemprego em todas as nações, recessão, inflação e substituição da mão-de-obra humana por robôs e trabalho por meio virtual”, afirmou.

O dirigente lembrou que num mundo onde as pessoas estão perdendo o acesso a bens básicos, vai se criando um caos que só se agrava. “E quem tem o capital parece não estar muito preocupado com isso. No Brasil, para derrotar esta política fascista implantada por Bolsonaro de reformas para retirar direitos e prejudicar os mais pobres o que se tem que fazer é derrotar este governo ido para as ruas”, defendeu.

Acrescentou ser necessário pensar em ter um governo que olhe o trabalhador, para o ser humano, como parte fundamental da sociedade. “Por isto as palavras de ordem tem que ser Fora Bolsonaro, Fora o Fascismo, e pelo resgate dos direitos que vêm sendo extintos”, avaliou.

“Infelizmente o Dia 1º de Maio não é um dia para ser comemorado, principalmente aqui no Brasil que será um dia de protesto. São anos e anos de ataque aos trabalhadores, de retirada de direitos, descaso por parte do patronato, os empregadores só almejam lucros, exploram cada vez mais os empregados. E além disso, são mais de 12 milhões de desempregados, quase 50 milhões na informalidade”, frisou Rolando Medeiros, também diretor do Sindicato”.

Conquistas a comemorar

O economista Adhemar Mineiro avaliou que o Dia do Trabalhador este ano será de resistência. “Resistência econômica, porque estão se defrontado com inflação elevada sem que haja mecanismos para recompor os salários, tendo de se lutar pela recomposição. Resistência política, com as centrais sindicais na linha de frente da resistência aos ataques do governo Bolsonaro e a tudo o que ele representa, e resistência social pelo efeitos das reformas neoliberais desde o governo Temer, depois radicalizadas por Bolsonaro, tirando dos trabalhadores uma série de direitos da CLT, resistência que se expressa no sentido de revogar as mudanças trabalhistas impostas por estes dois governos”, afirmou.

Para a diretora do Sindsprev/RJ, Maria Ivone Suppo, para o trabalhador todo o dia é de luta, mas o 1º de Maio é um dia de reflexão sobre a necessidade da união não só para garantir os direitos conquistados, como para avançar mais. “Unidos podemos lutar contra o arrocho salarial, o desemprego, a precarização do trabalho, independetemente da categoria a qual a pessoa pertença e fortalecer a entidade sindical. Sozinhos não vamos chegar a lugar nenhum”, avaliou.

O dirigente da CSP-Conlutas, Gualberto Tinoco, o Pitéu, lembra que o Dia do Trabalhador é uma data para reflexão e protestos.
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“Nos lembra que somos, todos os trabalhadores, uma classe social existente em todos os países. Por isto esta data reafirma o nosso internacionalismo. Somos aqueles que sofrem com a opressão capitalista. Nossa luta só será vitoriosa com o fim desta exploração.
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Os grandes empresários e banqueiros usam a nossa exploração para engordar seus lucros e privilégios”, afirmou. E acrescentou que neste domingo será um moimento para unificar as lutas dos trabalhadores a fim de construir uma greve que tenha como objetivo central o Fora Bolsonaro e Fora Mourão, que é uma reivindicação de todos.

Para Bruno Melo, do Comando Estadual e do Comando Nacional da Greve do INSS, o Dia do Trabalhador também existe para lembrar das conquistas alcançadas pela luta da classe ao longo da história, como a limitação da jornada de trabalho, o horário de almoço, o 13º salário, o direito às férias. “É uma data para lembrar que nenhum direito caiu do céu, foram conquistados e que têm que ser defendidos na luta porque vêm sendo atacados”, disse.

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