24 C
Rio de Janeiro
quinta-feira, novembro 21, 2024
spot_img

INSS apresenta proposta que reduz parcela individual da GDASS e prejudica servidores

Na última quarta-feira (21/10), a Fenasps participou de uma reunião do Comitê Gestor Nacional de Avaliação de Desempenho (CGNAD). Nela, a gestão do INSS apresentou uma proposta de mudança nos critérios da avaliação individual da GDASS, podendo reduzi-la, causando prejuízos financeiros a servidores(as) da carreira do Seguro Social.

Como se sabe, a GDASS é composta por uma métrica que soma 100 pontos, com 80 para a avaliação institucional e 20 para a avaliação individual. Na proposta apresentada pelo INSS nessa quarta, 21, desses 20 pontos, 10 seriam atrelados a metas de produtividade.

Esta nova classificação da avaliação individual ocorreria em quatro ciclos, sendo que, no primeiro, os 10 pontos seriam concedidos a quem obtiver 60% da meta; no segundo, 70%; no terceiro, 80%, até que, a partir do quarto ciclo, só lograrão os 10 pontos aqueles(as) que atingirem 100% da meta.

Os 10 pontos restantes ficariam distribuídos segundo outros critérios apresentados pela gestão do INSS: autodesenvolvimento (4 pontos), relacionamento interpessoal (2 pontos), flexibilidade às mudanças (2 pontos) e trabalho em equipe (2 pontos). Confira a íntegra da proposta do INSS, clicando aqui.

Servidores não podem perder salário

Diante desta proposta do INSS, a Fenasps argumentou que atualmente muitos(as) trabalhadores(as) têm dificuldade para atingir essas metas, que a federação considera abusivas. Além disso, cresce a cada dia o número de servidores(as) adoecidos(as) ou em processo de adoecimento: muitos(as) estão absolutamente extenuados(as), trabalhando 10, 12 e até 15 horas por dia.

Há ainda o fato de que os sistemas da autarquia continuam não funcionando corretamente, o que inviabiliza que os servidores aprimorem o seu trabalho. Por fim, desde o início do home-office emergencial, devido à pandemia de covid-19, os(as) servidores(as) estão custeando do próprio bolso a estrutura laboral, pois o INSS não lhes oferece as devidas condições de trabalho.

Vale ressaltar que o governo já economizou mais de 1 bilhão de reais ao manter os trabalhadores do serviço público em teletrabalho durante a pandemia.

Na análise da Fenasps, a gestão do INSS avança na imposição da produtividade para todas as áreas do INSS e extinção da jornada de trabalho. O foco é implementar a reforma administrativa mesmo antes de ser aprovada no Congresso Nacional.

Apesar das reuniões ocorridas com o INSS, não existe negociação com o governo. Eles estão ‘passando a boiada’ e colocando cada vez mais uma bomba maior no bolso dos servidores(as) públicos(as).

O que a gestão quer, neste momento, é materializar a produtividade vinculada à GDASS. Foi a forma que perversamente a gestão do INSS encontrou para destroçar a saúde dos servidores(as) e reduzir seus salários.

É preciso ressaltar que as entidades sindicais que possuem assento no CGNAD não concordam com a intensificação e precarização do trabalho dos(as) servidores(as) e a falta de atendimento aos segurados. Nova reunião do Comitê Gestor foi agendada para esta sexta-feira (23/10).

 

NOticias Relacionadas

- Advertisement -spot_img

Noticias