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quinta-feira, maio 9, 2024
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Um ano de impunidade pela morte da jovem grávida Kathlen Romeu

A demora e o aparente descaso com a solução da morte de seguidos jovens negros das periferias do Rio de Janeiro e a consequente impunidade têm levado à ocorrência de mais crimes em que policiais são apontados como responsáveis. No último sábado (11/6), um ato foi realizado no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio, para prestar uma homenagem a Kathlen Romeu, morta há um ano baleada com um tiro de fuzil no peito durante uma investida, a tiros, da Polícia Militar. Parentes, amigos da vítima e jovens da comunidade completaram um grafite nos muros com marcas de tiros.

O caso teve repercussão internacional. No dia 8 de junho de 2021, Katlhen, que estava grávida de 3 meses, morreu ao ser atingida pelo disparo. A PM alegou na época, como sempre, que houve troca de tiros com bandidos. Mas as testemunhas negaram que tivesse havido qualquer tipo de confronto.

Designer de interiores, Katlhen tinha 24 anos, estava grávida de 14 semanas, passava por um viela da comunidade do Lins, onde havia ido visitar uma avó materna.

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Caminhava e lia uma mensagem de uma cliente, recebida no seu telefone, quando tiros foram disparados e uma bala atingiu o seu tórax. Kathlen não resistiu e morreu junto com a criança que esperava. Há um ano, a família da designer ainda não sabe quem foi o autor do disparo que tirou a vida da jovem e de seu bebê.

“É evidente que o Estado racista assassinou Kathlen e o seu bebê. Ela estava grávida. E já se passou mais de um ano, mostrando que este Estado continua sendo racista, machista, não nos representa e vê o povo negro como seu inimigo, por isso ele nos mata. O Estado precisa ser reformado. Este comportamento vem lá do processo da escravidão até hoje, cometendo estes crimes de forma continuada contra a população negra”, denunciou Osvaldo Mendes, diretor da Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ.

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PM matou

Laudo da Polícia Civil concluiu que o tiro que matou Kathlen partiu da arma de um policial militar. Cinco PMs respondem por falso testemunho e fraude processual, acusados de alterar a cena do crime antes da chegada da perícia. Viraram réus na Justiça Militar.

Os depoimentos sobre o caso vêm se arrastando e sendo tomados pela Auditoria da Justiça Militar do Rio de Janeiro. Ouvida, em 16 de maio deste ano, a avó, Sayonara de Fátima Queiroz de Oliveira, disse que o local estava calmo enquanto ela caminhava com a neta pela rua e que, logo em seguida, ouviram tiros. Nesse momento, Kathlen caiu no chão.

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O pai de Kathlen, Luciano dos Santos Gonçalves, disse que recebeu de um morador da comunidade um vídeo mostrando policiais recolhendo cartuchos de bala do chão, depois da vítima ter sido atingida. O vídeo também está anexado no processo.

“Kathlen teve sua vida interrompida por homens de farda, que deveriam nos proteger. Isso é o retrato da covardia. Minha filha era muito querida, educada, estudiosa, saudável, feliz, linda! Ela era uma inspiração para outras meninas da comunidade. Hoje eu sou uma mãe sem filha, uma avó sem neto. Fui condenada eternamente à dor”, afirmou a mãe, segundo informações do Tribunal de Justiça.

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