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quinta-feira, maio 9, 2024
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Trilha sonora de ‘Quilombo’ foi das melhores já produzidas no cinema nacional

Ao contrário dos cinemas norte-americano e europeu — que sempre valorizaram a publicação de suas trilhas sonoras em disco e CD —, no Brasil infelizmente esta ainda não é uma prática comum. O que não acontece por falta de bom material ou de excelentes trilhas nacionais, como as de ‘Orfeu’, ‘Bye Bye Brazil’, ‘Tieta do Agreste’ e ‘Triste Fim de Policarpo Quaresma’, entre vários outros filmes que sempre serão lembrados (também) por suas músicas ou canções.

Por essa razão é que, no Brasil, várias trilhas sonoras de grande qualidade passam despercebidas da maioria da crítica musical e cinematográfica, quando não são completamente esquecidas. Foi o caso da primeira edição integral da trilha sonora de ‘Quilombo’, longa-metragem dirigido e lançado por Cacá Diegues em 1984, contando a saga de Ganga Zumba, Dandara e Zumbi dos Palmares.

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Antes de 2002, a espetacular trilha sonora do filme, composta e executada por Gilberto Gil, fora lançada apenas na América do Norte e Europa. No Brasil, o lançamento se limitara a um compacto simples, editado pela WEA com apenas duas músicas: Quilombo, Eldorado Negro; e Zumbi (a felicidade guerreira).

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“Eles aqui não se interessaram, por ser uma trilha com músicas incidentais e apenas três faixas com letra”, lembra Gil, segundo vem escrito na própria capa da trilha.

A partir de 2020, outras edições da trilha sonora aconteceram, mas de tiragem limitada e em CDs que compunham coleções completas de Gil.

Na época do lançamento do filme de Cacá Diegues, em 1984, a película foi bastante criticada por supostamente ter apresentado a história do Quilombo dos Palmares sob a ótica de uma ‘carnavalização’ de seus personagens e situações-limite, o que, segundo essa concepção, teria retirado a ‘seriedade’ e o ‘vulto histórico’ da epopeia vivida pelo povo negro na Serra da Barriga (AL). Críticas que nem a presença de atores fantásticos — como Zezé Motta, Antonio Pitanga, Toni Tornado, Mauricio do Valle, Antonio Pompeu e Grande Otelo — foi capaz de evitar. Mas que, de forma unânime, apontam sua trilha como uma das melhores já feitas no cinema nacional. Em todos os tempos.

Composta em parceria com o poeta Waly Salomão — que dispensa apresentações —, a trilha de ‘Quilombo’ é um desses momentos raros em que a música de extrema qualidade chega para, de forma arrasadora, se sobrepor ao próprio filme, embora essas duas dimensões (música e imagem) formem um par dialético inseparável quando o assunto é cinema.

Gil e Waly Salomão com certeza viviam, naquele longínquo 1983-84, um dos momentos de maior inspiração em suas carreiras. No caso específico de Gil, a prova está até hoje materializada nos excelentes discos ‘Raça Humana’ e ‘Extra’.

Quilombo (a trilha) é aberta com um sambão de arrepiar e dar inveja a todos os grandes compositores do gênero no Brasil.

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E é só o começo, pois em seguida temos ‘Ganga Zumba’ (Poder da Bugiganga), ‘Festa do Cometa’, ‘Dandara’ e ‘Zumbi’ (Felicidade Guerreira), misturando reggae, pop, ritmos afro e batuques em arranjos e vocais de grande competência.

‘Quilombo’ é uma daquelas trilhas com luz própria, que você ouve (e viaja) com prazer, independentemente do próprio filme. Gravada no estúdio ‘Nas Nuvens’, foi produzida por Liminha. A edição da Warner trouxe, como ‘brindes’, versões de músicas de Gil gravadas em outros discos do artista, como ‘Oriente’, ‘Cérebro Eletrônico’, ‘Geléia Geral’ e ‘Expresso 2222’.

E por falar em trilhas sonoras, no Brasil não faria mal a ninguém a reedição (ou mesmo edição) de trilhas fantásticas de outros filmes nacionais, como as de ‘Xica da Silva’ (Cacá Diegues) e ‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’ (Glauber Rocha), esta última composta e executada pelo grande Sérgio Ricardo.

Para o leitor ter uma ideia da trilha sonora, clique nos links abaixo:

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