Após reunião com Cristiane Gerardo, dirigente do Sindsprev/RJ, realizada na tarde desta terça-feira (13/12), o superintendente regional do Ministério da Saúde no Rio, Alexandre Falcão, decidiu pela readmissão da enfermeira contratada que, no último dia 6/12, foi arbitrariamente demitida do Hospital Federal da Lagoa (HFL). Alexandre Falcão também comprometeu-se a conversar com o diretor-geral do Hospital Federal da Lagoa, Rossi Murilo da Silva, para que receba a profissional readmitida no hospital, onde trabalha há seis anos.

Da reunião participou a enfermeira readmitida, que fora dispensada após ter questionado as pressões feitas pela direção-geral do HFL e por parte das equipes médicas no sentido de acelerar a realização de cirurgias.

“Durante a reunião, ressaltamos perante o superintendente que os problemas da atual gestão do HFL não afetam apenas a profissional que foi injustamente demitida, mas todo o conjunto da enfermagem naquele hospital. Enfermagem que possui regras, enfermagem que é um saber que precisa ser respeitado, enfermagem que é essencial para o funcionamento de qualquer unidade de saúde. O superintendente reconheceu que houve uma injustiça na demissão da profissional. As alternativas em questão eram a transferência dela para outra unidade ou então a sua lotação no DGH. Felizmente, no entanto, prevaleceu o entendimento de que o melhor é ela retornar ao HFL”, explicou Cristiane.

Na manhã desta terça (13/12) — antes, portanto, da reunião que ocorreria à tarde com o superintendente regional —, servidores da enfermagem do Hospital da Lagoa protestaram, na entrada principal da unidade, contra a demissão da enfermeira. A manifestação foi pontuada por muitas críticas à autoritária gestão do diretor-geral do HFL, Rossi Murilo da Silva.

Após o ato, uma comissão formada por servidores da enfermagem e por Cristiane Gerardo dirigiu-se ao gabinete de Rossi, que no entanto recusou-se a conversar com os trabalhadores.

Segundo denúncias dos profissionais de enfermagem, o desrespeito da gestão Rossi às equipes é tamanho que, recentemente, o diretor-geral negou um pedido para envio de água aos trabalhadores que estavam na Hemodinâmica.