Por meio de sua Secretaria de Gênero, Raça e Etnia, o Sindsprev/RJ repudia o inaceitável ataque movido por nazifascistas contra organizações do movimento negro brasileiro, ocorrido em 6 de setembro deste ano, como “comentário” de vídeo sobre o evento “Desafios e Estratégias das Organizações de Esquerda do Movimento Negro Brasileiro”, realizado em junho de 2019.

No ataque movido pelos nazifascistas, os agressores escreveram: “vai morrer, comunista…

Ein Volk Ein Reich Ein Fünrer”, que significa “um povo, um império, um líder”. Tal slogan de propaganda do Partido Nazista Alemão, cunhado em 1938, fazia a apologia do eugenismo racista que buscou justificar o holocausto e o extermínio de seis milhões de judeus e pessoas de etnias discriminadas pelos nazistas.

O vídeo sobre o seminário do movimento negro havia sido postado no canal de Youtube da Imprensa Panafricana.  Os nazifascistas identificaram-se como ‘Milícia de Combatimento do Brasil’.

Realizado nos dias 15 e 16 de junho de 2019, no Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo, Apeoesp, o evento “Desafios e Estratégias das Organizações de Esquerda do Movimento Negro Brasileiro” foi organizado pelo grupo ‘A Nossa Luta Unificada – ANLU, Campo de Reflexão, Análise e Articulação Política do Movimento Negro Unificado-MNU’.

Apologia ao nazismo é crime no Brasil. A Lei 7.716, de 1986, afirma que “é crime a utilização de publicações e meios de comunicação que disseminem ideias de nazismo para proliferar a intolerância, o ódio, racismo e extermínio étnicos”.

Em 2020, aconteceram 110 casos de manifestações racistas e xenófobas no país.

Cerca de 530 organizações nazifascistas já foram identificadas no Brasil. Em 2021, nos cinco primeiros meses, 36 ocorrências foram investigadas pela Polícia Federal.

“Esta situação lamentável não pode mais continuar. Aqui no Brasil, os grupos de extrema direita e nazifascistas sentiram-se ainda mais encorajados a partir da eleição do atual governo, que sempre professou uma agenda ultrarreacionária e retrógrada. Um governo sem menor apreço pela vida humana, como mostram os mais de 600 mil mortos pela covid”, avaliou Osvaldo Mendes, da Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ.