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sábado, maio 18, 2024
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Sindsprev/RJ e Fenasps cobram que CPI investigue corte de verba e de pessoal na saúde do Rio de Janeiro

É urgente que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Genocídio investigue o corte de verbas, a demissão em massa de profissionais da rede federal de saúde em plena pandemia do novo coronavírus e as consequências causadas por estas decisões do governo Bolsonaro para a população e servidores. Apesar do pedido ter sido feito em 5 de maio pelo sindicato, pela Federação Nacional (Fenaps) e pelo Fórum Nacional de Entidades dos Servidores Públicos (Fonasef), até agora estes pontos não foram objeto de questionamento aos depoentes.

Para o diretor do Sindsprev/RJ, Rolando Medeiros, é fundamental que a CPI investigue a política de desmonte da saúde que teve repercussão no aumento do número de mortos e na qualidade do atendimento prestado às pessoas atingidas pela doença. “Precisávamos de uma rede hospitalar com servidores e insumos em condição de atender à população. Isso tem que ser apurado”, afirmou.

Para o dirigente os representantes do governo têm que ser questionados e responsabilizados por esta situação de precariedade e colapso do sistema de saúde público, na ponta, que são os hospitais, os postos de saúde, as UPAs que não contam com número suficiente de profissionais e de verba. Rolando frisou que houve incapacidade do governo em garantir atendimento com qualidade, com insumos, suprimentos, e sobretudo profissionais em número suficiente para atender à procura por tratamento por parte dos contaminados pela covid.

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Também diretora do Sindsprev/RJ, Christiane Gerardo afirmou que estes dois temas têm que ser pautados, bem como investigados os indícios de crime cometidos pela superintendência do Ministério da Saúde do Rio de Janeiro. “Entendo que o debate se foque muito no Amazonas, pela catástrofe que o bolsonarismo cometeu na região, mas foram cometidos outros crimes em outros locais do pais”, observou.

Precariedade e morte

Rolando frisou que a situação do Rio de Janeiro foi agravada pelo fechamento de unidades hospitalares, tentativa de municipalização de hospitais federais, demissões de profissionais com fim de contrato, desrespeitando, inclusive, decisões judiciais que determinavam a recontratação. Segundo o dirigente, o Ministério da Saúde não cumpriu sua obrigação de garantir as condições para que as unidades pudessem cuidar daqueles que foram aos hospitais e aos postos de saúde. “E é este um dos principais motivos para termos hoje meio milhão de brasileiros mortos”, afirmou.

Desleixo

O dirigente denunciou o desleixo do governo Bolsonaro que teve mais de um ano e três meses de pandemia para garantir a estados e municípios todos os recursos financeiros e número de profissionais de saúde necessário para atender a esta demanda e não o fez. Lembrou, também, que o Brasil é o país com maior número de profissionais mortos durante a pandemia: 20% do total de vítimas fatais na saúde em todo o mundo. “Tudo isso mostra a precariedade do sistema de saúde e a responsabilidade do governo federal”, argumentou.

Frisou que a investigação da realidade da saúde pública pela CPI pode fazer com que o governo se mova no sentido de melhorar as condições de atendimento na ponta e assim reduzir o número de novos óbitos. “A melhora das condições de trabalho e atendimento nos hospitais tem que estar casada com a vacinação, que está muito atrasada, para que isto possa ser possível”, argumentou.

Corrupção

O diretor da Federação Nacional (Fenasps) e membro do Fonasef, Moacir Lopes, defendeu a investigação do corte de verbas e das demissões em massa no Rio de Janeiro, além dos casos de desvio de dinheiro público. “Ficou evidente o descaso do governo Bolsonaro com a rede pública de saúde, inclusive com desvio de dinheiro que era para combater a pandemia”, afirmou.

Disse ser necessário apurar também desvio de verba por parte de governos estaduais, como no Rio de Janeiro, e pelo ex-prefeito Marcelo Crivella. “Usaram a saúde junto com os milicianos da família Bolsonaro, como uma espécie de quartel general. Tanto é assim que é Flávio Bolsonaro quem indica os chefes de hospitais”, acusou.

Listou entre os casos a serem investigados “a falcatrua do Ministério da Saúde” que gastou R$ 30 milhões para a reforma do prédio do órgão na Rua México.

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“Isso aí é lavagem de dinheiro que tem que ser investigada”, disse.

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Bolsonaro faz campanha eleitoral

Para Moacir, é preciso investigar porque gastaram dinheiro público para fazer campanha da cloroquina, ivermectina, que não têm nenhum efeito comprovado contra a covid. “E mais: por que deixaram morrer 450 mil pessoas, sem nenhum tipo de comoção por parte do governo e com um presidente fascista, genocida, ladrão e miliciano, que continua fazendo das suas: aprontou no Maranhão, aprontou em Brasília e no Rio de Janeiro”.

O dirigente adiantou que a Fenasps vai pedir para que o Ministério Público Eleitoral, o Ministério Público Federal e o Tribunal Superior Eleitoral acionem Bolsonaro por fazer campanha muito antes de iniciada a eleição. “É crime. Bolsonaro não poderia ter feito isto (manifestações). Muito menos com dinheiro público. Tem que ser punido. Tem que perder o cargo e ir para a cadeia. Ele e toda a sua família”, defendeu.

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