Como parte da mobilização da rede federal por reajuste, concurso público, cumprimento dos acordos de greve, pagamento do piso da enfermagem e contra a entrada da Ebserh, servidores do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) fazem sua assembleia específica na próxima terça-feira (23/1), a partir das 11h, no auditório da Maternidade.

Na assembleia serão definidos os aspectos finais da participação dos servidores do HFB no ato unificado que a rede federal do Rio vai fazer na quarta-feira (24 de janeiro), Dia Nacional de Luta dos Aposentados e Pensionistas, a partir das 10h30, em frente ao prédio do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), na rua México, 128 – Centro. O indicativo da rede federal é de realizar uma paralisação de 24h, para sinalizar o descontentamento dos servidores com o descaso do Ministério da Saúde no trato das reivindicações da categoria.

Na última terça-feira (16/1), servidores da rede federal fizeram ato unificado contra a tentativa do governo Lula (PT) de entregar as unidades do Ministério de Saúde à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A manifestação foi realizada em frente à entrada principal do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE), na rua Sacadura Cabral (Centro) porque o HFSE é a primeira unidade da rede que o governo pretende entregar à Ebserh.

Uma das propostas em discussão no interior do governo Lula (PT) é a de uma possível fusão do HFSE com o Hospital Universitário Gafrée Guinle, vinculado à Universidade do Rio de Janeiro (UniRio) e atualmente sob caótica gestão da Ebserh.

De acordo com nota oficial publicada pelo portal do Ministério da Saúde e pelo site da Unirio, uma reunião ocorrida dia 22 de dezembro do ano passado, na Reitoria da universidade, criou um “grupo de trabalho” para discutir a fusão entre as duas unidades (HFSE e Gafrée Guinle). Do encontro participaram a ministra da saúde, Nísia Trindade; o reitor da UniRio, José da Costa Filho; o presidente da Ebserh, Arthur Chioro; o diretor-geral do Gafrée Guinle, João Marcelo Ramalho Alves; e o titular do DGH, Alexandre Telles.

“A grande verdade é que o governo Lula (PT) já demonstra não ter interesse algum em manter a rede federal sob responsabilidade direta do Ministério da Saúde, o que é lamentável. Por isso que, até o momento, ainda não foram realizados concursos para recomposição de pessoal segundo os parâmetros do Regime Jurídico Único do funcionalismo. Se for implantado na rede federal, o modelo de gestão da Ebserh vai sucatear ainda mais as unidades de saúde, como já acontece no Gafrée Guinle”, avalia Sidney Castro, dirigente do Sindsprev/RJ.