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domingo, maio 12, 2024
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Presidente da Anvisa confirma tentativa de adulteração de bula da cloroquina, para justificar tratamento precoce

O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, confirmou em depoimento nesta terça-feira (11/5) à Comissão Parlamentar de Inquérito do Genocídio a existência de um aconselhamento paralelo para a adoção de ações que caberiam ao ministério da Saúde na prevenção da covid-19. A existência deste comando paralelo e ilegal chefiado pelo presidente Jair Bolsonaro, foi denunciado em depoimento à CPI pelo ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.

O grupo teria como função traçar políticas de boicote às ações fixadas pelo ministério da Saúde de prevenção à disseminação da doença, como o isolamento social uso de máscaras, contratação de vacinas, além do uso de medicamentos para tratamento precoce, como a cloroquina, sem comprovação científica. Estas ações redundaram na disparada da contaminação e mortes em consequência da doença. Já o ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, em seu depoimento na semana passada, disse não saber da existência do comando. Mas confirmou negacionismo de Bolsonaro, mesmo após esquivar-se das perguntas dos senadores ao dizer que não teve autonomia como ministro para traçar as políticas baseadas em comprovação científica.

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Alteração é ilegal

Até a postagem desta matéria, na manhã desta terça-feira, Barra Torres havia confirmado a tentativa deste comando ilegal, chefiado por Bolsonaro, de falsificar a bula do medicamento cloroquina, para que fosse incluída a utilização do medicamento no chamando tratamento precoce da covid. Torres confirmou também que a médica Nise Yamaguchi, foi quem defendeu que a Anvisa fizesse documento autorizando esta alteração e que ele, Torres, reagiu de forma “até rude” contra a proposta da médica, rechaçando a falsificação.

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Yamaguchi não desempenhava qualquer função pública, sendo um corpo estranho dentro do governo.

“Este tipo de acréscimo só poderia acontecer após comprovação científica feita pela Anvisa, após consulta a dados técnicos fornecidos pelo laboratório fabricante do medicamento, nada disto tendo acontecido. Após a minha recusa, a reunião acabou”, disse.

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Acrescentou ser contra a existência de um comando paralelo para traçar políticas de combate à covid-19, o que só caberia ao ministério da Saúde.

Barra Torres contou que ficou perplexo com a ideia. Nise Yamaguchi é médica oncologista e imunologista. Ela é defensora do uso da hidroxicloroquina no tratamento para a Covid-19, medicamento sem eficácia comprovada para tratar a doença, e chegou a ser cotada para o cargo de ministro da Saúde, após o pedido de Nelson Teich.

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Isolamento e uso de máscara são necessários

Disse ainda que procurou se colocar distante deste tipo de reunião que, segundo ele, aconteciam no quarto andar do Palácio do Planalto. Confirmou que participaram da reunião em que foi tratado o assunto relativo à alteração da bula da cloroquina, além dele mesmo, do ministro da Saúde, Mandetta e da médica Yamaguchi, o ministro da Casa Civil, Braga Neto, o ministro Luiz Eduardo Ramos, entre outros. E disse que este encontro em que foi tratado o assunto relativo à bula da cloroquina foi sua primeira e última reunião neste grupo.

Foi fotografado sem máscara, em 15 de março de 2020, em aglomeração convocada pelo presidente da República. O senhor concorda com o ponto de vista do presidente contra as normas de prevenção à disseminação contra a covid-19 “A conduta do presidente difere da minha. O regramento, naquela época, fixava o uso de máscara somente por profissionais de saúde”, justificou. “Não havia exigência do uso generalizado deste tipo de prevenção”, acrescentou.

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