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segunda-feira, maio 6, 2024
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Parasitas são Paulo Guedes e os banqueiros que lucram com a miséria da população

Por meio de sua diretoria colegiada, o Sindsprev/RJ repudia as declarações do ministro da economia, o especulador Paulo Guedes, que na última sexta-feira (7/2), durante seminário realizado pela Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, comparou os servidores públicos brasileiros a parasitas. Na ocasião, o ministro produziu um discurso recheado de mentiras, entre elas a de que o funcionalismo público teria obtido aumentos salariais em percentuais 50% superiores à inflação. Vejamos.

1 – primeiramente, exigimos respeito por parte do ministro da economia, como também exigimos que Paulo Guedes não falte com a verdade. Ao contrário do que ele afirmou, o funcionalismo público brasileiro está há anos sem reajuste ou recomposição salarial. Também ao contrário do que afirma o ministro, o funcionalismo brasileiro não conforma uma classe de privilegiados, mas um conjunto de trabalhadores que ingressou na administração pública por meio de concurso, para atender às necessidades da população brasileira em inúmeros setores onde a presença do estado e seus serviços públicos se faz absolutamente necessária;

2 – se existem parasitas no Brasil, esses parasitas não são os servidores públicos, mas os representantes do sistema bancário e financeiro, do qual Paulo Guedes sempre fez parte. Representantes que lucram com a miséria e a insolvência de milhões de brasileiros, como provam as escorchantes taxas de juros praticadas no mercado interno, as maiores do mundo. O resultado de toda essa agiotagem e especulação apoiadas por Guedes é que, atualmente, segundo dados do SPC-Serasa relativos a 2019, cerca de 62 milhões de brasileiros estão com dívidas não pagas junto ao sistema de crédito. Índice que tende a crescer devido ao aumento do desemprego no país;

3 – o parasitismo praticado pelo sistema financeiro (e apoiado por Paulo Guedes) é o responsável pelos problemas orçamentários cada vez mais graves do estado brasileiro. Para o orçamento da União Federal em 2020, por exemplo, o governo Bolsonaro reservou uma soma de R$ 124,1 bilhões destinados ao pagamento de juros aos sistemas bancários nacional e internacional. É o chamado ‘superávit primário’, que mostra o quanto as prioridades do atual governo (e de Paulo Guedes) passam longe das necessidades da população brasileira. A prioridade de Bolsonaro e de Paulo Guedes é, ao contrário, remunerar com lucros cada vez maiores os grandes bancos e especuladores do sistema financeiro, é continuar engordando e alimentando os verdadeiros parasitas que lucram com a miséria da população;

4 – cumpre lembrar que Paulo Guedes está sendo investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), por suspeitas de fraudes em operações realizadas por um empresa de sua propriedade, envolvendo fundos de pensão. A investigação foi aberta a partir de representação do Ministério Público Federal (MPF), segundo denúncia publicada pelo jornal Folha de S. Paulo;

5 – o especulador Paulo Guedes é um velho conhecido dos economistas neoliberais que, desde os anos 70, defendem o desmonte de todos os serviços públicos, incluindo saúde e previdência, e sua entrega a empresas privadas, em moldes semelhantes ao nefasto modelo de seguridade implementado no Chile após o golpe militar de 1973. Modelo que levou milhões de trabalhadores chilenos a perderem seu direito de aposentadoria e ficarem na mais absoluta miséria. Esse mesmo modelo é o que agora Bolsonaro e Paulo Guedes querem implementar no Brasil a partir da aprovação da reforma da previdência: destruir o INSS, destruir a saúde pública e deixar os trabalhadores brasileiros à míngua;

6 – que Paulo Guedes lave a boca antes de pensar em insultar e ofender os milhões de servidores públicos brasileiros que, todos os dias, buscam atender à população brasileira da melhor forma possível, apesar da crescente precariedade implementada pelo governo Bolsonaro, que segue contingenciando orçamentos e desmontando importantes setores dos serviços públicos no país.

Diretoria Colegiada do Sindsprev/RJ

 

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