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domingo, abril 28, 2024
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Nota da Fenasps: ‘Mais uma vítima da política desumana do INSS’

*A política da atual gestão do INSS desumaniza, robotiza, aumenta exponencialmente a pressão sobre os servidores e institucionaliza o assédio moral. Em suma, leva ao adoecimento silencioso dos servidores do INSS. As vezes, só é perceptível para quem está passando pelo problema.
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E, tragicamente, a situação leva a estas situações extremas.

Wendel Barbosa Alves (foto), servidor do INSS no Ceará, interrompeu sua própria vida no último domingo (7/2). Em nota, o Sinprece, sindicato filiado à Fenasps, o descreve como um colega que deixará saudades, um homem justo que foi vítima dos acasos da vida, da saúde comprometida e da pressão política e gerencial utilizada por uma repartição falida.

Atualmente na CEAB Defeso, Wendel sempre se manifestava nos grupos de servidores pelas redes sociais, contribuindo com debates conjunturais e técnicos, mas, acima de tudo, sobre a importância de os trabalhadores da autarquia tratarem bem e de forma responsável os segurados, o que fez muita gente partilhar de seu olhar, mesmo não o conhecendo presencialmente.

A nota segue, na qual o sindicato afirma que os governos mentem descaradamente, maltratam os servidores, acorrentam quem doa o sangue, o corpo, a alma e entrega boa parte da vida realizando trabalhos em órgão público que atualmente agoniza.

Publicação mostra revolta com metas

Em outubro de 2020, há pouco mais de três meses, Wendel Alves publicou um texto, num grupo de servidores, em que descreve em detalhes a sua opinião sobre o trabalho diário no INSS e a política de metas exigida pela gestão. Leia a íntegra:

“O INSS ultimamente tem se esforçado muito para perder inclusive seus servidores mais dedicados.

As coisas que têm acontecido por aqui são inacreditáveis, nem no EB que a escravidão do militar tem o aval da constituição eu vi as coisas que tenho visto por aqui. Até os coronéis, quando queriam aumentar o serviço da tropa, tinham mais razoabilidade.

Aqui os sujeitos do nada querem enfiar mais 10 benefícios por dia, que cada um pontua incríveis 0.11 pontos, como se não fosse nada. Tentam revogar todos os feriados com uma portaria. Tentam aumentar o arrocho escondendo a nossa própria produtividade.

Eu sei que tem uns colegas cegos por conta desse dinheiro do BMOB. Eu não critico, pois quem não quer ganhar um dinheiro a mais em tempos tão tenebrosos? Mas cuidado, colega, pois o mundo não acaba amanhã, até os 30 eu também habilitava benefícios como se fosse um trator.
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Hoje, se passar de um certo limite, o corpo pia, depois a conta de toda essa subserviência e trabalho extra pode vir bem cara em dinheiro e saúde.

Rapaz, houve tempos em que nós discutimos sobre normas e benefícios para nossa carreira aqui nessa comunidade. Agora alguns gritam pelo mínimo de respeito, enquanto outros fazem ouvido de mercador.

Eu não sei vocês, mas eu termino meu dia de trabalho cansado, sempre faço raspando essa meta de 90 pontos, então já estou no meu limite e estão tentando enfiar 10 seguros defesos a mais por dia pra mim, então no fim vou acabar sendo mais um que não conseguiu fazer os 90 pontos.

Se um número considerável não conseguir fazer os 90 pontos, vamos acabar todos com desconto na GDASS.
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Eu já nem me lembro mais quem aqui votou em A ou B, mas tem colegas que ainda não saíram do período eleitoral e não percebem que nossa batata está assando!

Imagina só se aprovam essa reforma administrativa e te jogam no defeso, no recurso, na revisão ou na manutenção que quase ninguém conseguir atingir os 90, vai ser demitido por improdutividade mesmo se matando de trabalhar!

Ninguém aguenta viver correndo atrás da própria sombra, a meta tem que ser exequível e para isso a pontuação tem que ser realista, se não você se desmotiva e não rende nem o que poderia render!

A administração não vai conseguir tapar esse rombo de servidores na base do chicote, uma hora o parafuso espana e no fim será pior pra todos!”

A Fenasps e seus sindicatos filiados, neste momento de dor e consternação, se solidarizam com a família de Wendel e, mais uma vez, afirmam veementemente que não há como o INSS funcionar sem haver recomposição do quadro funcional por meio de concurso público. Os servidores e servidoras são vítimas de um sistema aniquilador!

Wendel, presente!

*esta postagem foi elaborada pela Fenasps (federação nacional), com apoio de sindicatos filiados.

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