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sábado, abril 27, 2024
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Nesta sexta (8/3) Cardoso Fontes faz paralisação e ato no DGH contra municipalização da rede federal

Nesta sexta-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher, os profissionais do Hospital Cardoso Fontes fazem uma paralisação de 24 horas, contra a municipalização da rede federal no Rio de Janeiro. Na mesma data, participam, também, de um ato, às 10 horas, em frente ao prédio onde funciona o Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), órgão que representa o Ministério da Saúde no estado.

Tanto a paralisação quanto o protesto foram aprovados em assembleia virtual, no dia 1º de março. O objetivo é reverter a decisão do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH) de centralizar a administração das unidades da rede em uma recém-criada Coordenação-Geral de Governança Hospitalar.

A medida acaba com a gestão compartilhada com as direções dos hospitais federais e foi tomada como forma de encobrir a recusa do Ministério e do DGH em resolver o problema crônico da falta de verbas que vem se arrastando há décadas e se aprofundou com o novo governo. Christiane Gerardo, diretora do Sindsprev/RJ, criticou o autoritarismo que permeia a iniciativa do Ministério da Saúde. O endereço é Rua México, 128, Centro.

Disse que, com a medida, Alexandre Telles, coordenador do DGH, baixou um verdadeiro AI-5, o ato institucional da ditadura militar, acabando com qualquer debate democrático, qualquer diálogo com os gestores dos hospitais para a solução dos graves problemas da rede, retirando autoritariamente dezenas de profissionais em cargos comissionados das unidades e levando para a nova estrutura criada o que vai aprofundar ainda mais a falta de pessoal nos hospitais federais.

Bolsonaro

Segundo a dirigente, a extinção da autonomia dos hospitais, que não aconteceu nem no governo Bolsonaro, vai aprofundar a crise que afeta há anos a rede federal e que tem a ver com a falta de verba. Deu como exemplo o orçamento do próprio Cardoso Fontes que teve reduzida a verba que já era insuficiente.

Municipalização

A centralização abre espaço para a municipalização da rede federal. Recentemente, o secretário de saúde da Prefeitura do Rio, Daniel Soranz, afirmou ter assinado convênio com o Ministério da Saúde para a contratação de 4,7 mil através da empresa municipal Rio Saúde. A contratação terceirizada seria a porta aberta para a municipalização dos hospitais federais e mesmo para a privatização posterior, política que já foi implementada no município por Soranz.

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