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sábado, maio 11, 2024
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MPF aprofunda investigação de vazamento da PF que teria beneficiado Bolsonaro nas eleições

O Ministério Público Federal deu mais um passo para comprovar o vazamento de informações feito por integrantes da Polícia Federal, entre o primeiro e o segundo turno das eleições de 2018, de que seria deflagrada a Operação Furna da Onça tendo como alvos Fabrício Queiroz, ex-assessor do então deputado e hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), seus familiares e os Bolsonaro. O objetivo do vazamento foi evitar um profundo desgaste para o então candidato Jair Bolsonaro (sem partido), de quem Queiroz era amigo há mais de 30 anos, e os filhos do agora presidente.

O MPF do Rio pediu à Justiça as quebras de sigilos telefônicos e e-mails de assessores do senador Flávio Bolsonaro. Entre os alvos, estão o chefe de gabinete do parlamentar, Miguel Ângelo Braga Grillo, o advogado Victor Granado Alves e a ex-tesoureira de campanha Valdenice de Oliveira Meliga.

O objetivo do MPF é ter acesso aos registros de localização dos sinais dos celulares utilizados pelos assessores de Flávio Bolsonaro durante as eleições de 2018. O suposto vazamento teria ocorrido em frente à sede da superintendência da PF no Rio de Janeiro.
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Por isso, os dados telefônicos são considerados cruciais para esclarecer os fatos.

Segundo relatou o empresário e suplente do senador Flávio Bolsonaro, Paulo Marinho em depoimento prestado à Polícia Federal, no dia 20 de maio, o objetivo do vazamento foi conter danos causados pelo escândalo envolvendo o ex-assessor do filho mais velho do presidente em plena campanha eleitoral.
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O documento com as declarações do empresário está de posse de investigadores do MPF do Rio e faz parte de um inquérito que apura vazamento da PF.

Crime eleitoral

O empresário contou em seu depoimento que, entre o primeiro e o segundo turnos da eleição de 2018, três assessores de Flávio foram avisados por um delegado federal de que seria deflagrada uma operação, batizada de Furna da Onça que alcançaria Queiroz e familiares dele empregados nos gabinetes da família Bolsonaro. A operação teria sido adiada para depois da votação, a fim de não atrapalhar a campanha de Jair Bolsonaro.

Com base nessas informações, Jair e Flávio demitiram o ex-assessor e seus parentes. Era uma tentativa de se antecipar às revelações das transações financeiras milionárias de Queiroz, finalmente tornadas públicas em dezembro de 2018, quando o ex-capitão já estava eleito presidente da República.

Homem-bomba

Marinho reforçou as acusações feitas em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo e narrou mais detalhes à Polícia Federal desse enredo que testemunhou em sua casa, numa reunião com o próprio Flávio. Marinho relatou que ligou para o seu amigo Gustavo Bebianno, à época braço direito do presidente, para informar o que havia sido discutido na reunião.
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De acordo com o empresário, Bebianno teria dito que conversou sobre Queiroz reservadamente com Bolsonaro dentro de um banheiro no gabinete de transição do governo, em Brasília, e que o presidente o orientou a viajar ao Rio de Janeiro para acompanhar de perto o caso do ex-policial militar. Marinho contou ainda que ele, Flávio e Gustavo Bebianno decidiram contratar um advogado para resolver a situação.

Marinho também está colaborando com as investigações de um inquérito no Supremo Tribunal Federal que apura se o presidente da República interferiu na Polícia Federal. O fato começou a ser investigado a partir das denúncias feitas pelo ex-ministro Sérgio Moro, na coletiva de imprensa em que anunciou o seu pedido de demissão do cargo e revelou a intenção de Bolsonaro de, para proteger sua família e amigos exonerar, como foi feito, o diretor-geral da Polícia Federal, Alexandre Valeixo e o superintendente da PF do Rio.

As duas investigações são complementares e podem comprovar que a chapa Bolsonaro-Mourão foi beneficiada pelo vazamento da PF, crimes do assessor e o envolvimento direto de Jair Bolsonaro e de Flávio no esquema criminoso que funcionava no gabinete do então deputado e filho 01, e suas ligações com a milícia do Rio de Janeiro.

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