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sábado, maio 4, 2024
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Milhares nas ruas de todo o Brasil aumentam pressão pelo impeachment de Bolsonaro

O tamanho e a amplitude nacional dos protestos Fora Bolsonaro que aconteceram no último sábado, 29 de maio (29M), em mais de 200 cidades brasileiras, são um termômetro da insatisfação generalizada e crescente que vem tomando conta do Brasil contra o governo de Jair Bolsonaro. As manifestações tomaram as ruas do país com a participação de milhares de pessoas, mostrando que a maioria esmagadora da população exige o impeachment imediato do presidente por sua política genocida de boicote sistemático às medidas de prevenção e demora na contratação de vacinas, o que já causou a morte de quase meio milhão de pessoas pela covid-19.

Os atos – organizados por centenas de entidades do movimento social e partidos de oposição, os maiores, nas capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, na capital federal, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Manaus, Belém, Recife, Salvador e Fortaleza, entre outras – exigiram também a aceleração do processo de vacinação, auxílio emergencial de R$ 600, o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e o fim da retirada de direitos sociais, feitos através das chamadas ‘reformas’, como a administrativa, que está em tramitação no Congresso Nacional e que desmonta os serviços públicos prestados à população, responsável, ainda, pelos programas sociais.

Os atos mostraram também indignação contra a política econômica recessiva que levou o Brasil, mesmo antes da pandemia, a altos índices de desemprego, estagnação econômica e a quebra de empresas. E que beneficia apenas os bancos e grandes empresas nacionais e estrangeiras.
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Os manifestantes usavam máscaras e portavam álcool em gel. O Sindsprev/RJ esteve presente no ato do Rio, que teve concentração no busto em homenagem a Zumbi dos Palmares, na Avenida Presidente Vargas. De lá, seguiram em passeata, encontrando-se com outra passeata que vinha da Candelária. Milhares de pessoas participaram.

As manifestações, além de aumentarem o isolamento do governo de extrema direita de Bolsonaro, reforçaram a importância das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Genocídio. Em funcionamento no Senado desde abril, a CPI vem investigando a responsabilidade do governo na disparada do número de contaminados e mortos. Já ouviu ministros e ex-ministros, membros do que seria um comando paralelo com poderes acima do ministério da Saúde, e continua a tomar depoimentos, tendo, inclusive, um pedido de convocação do próprio Bolsonaro.

Repercussão mundial

Pela grande participação popular e importância no cenário nacional e internacional, as manifestações tiveram grande repercussão fora do Brasil. Além dos atos realizados aqui, houve protestos em 18 capitais de outros países, como Lisboa, Paris, Londres e Berlim. A política genocida e de inspiração fascista de Bolsonaro tem gerado preocupação internacional, tendo transformado o Brasil numa ameaça mundial de contaminação pelo novo coronavírus e suas variantes, ao meio ambiente e à democracia.

Ao contrário da mídia empresarial brasileira, que procurou esconder as manifestações contra Bolsonaro e seu governo, a mídia internacional deu expressivo destaque a elas.

Os jornais com cobertura mais vergonhosa foram O Globo e o Estado de S. Paulo, que deram manchetes a assuntos econômicos positivos. A de O Globo falava de uma suposta possibilidade de recuperação do Produto Interno Bruto (PIB), reservando para os protestos nacionais pelo impeachment de Bolsonaro apenas uma pequena chamada. Já O Estado de S. Paulo tinha como manchete em sua capa “Cidades turísticas se reinventam para atrair o home-office”.
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A manipulação é uma postura política de quem ainda apoia o governo moribundo.

O destaque no Brasil foi a cobertura feita pela mídia de esquerda, como a sindical, que furou o bloqueio de sonegação dos fatos e manipulação da informação por parte da mídia empresarial. As redes sociais também desempenharam um importante papel neste sentido.

A cobertura internacional

Pela sua importância histórica, as manifestações foram manchete na imprensa de todo o planeta, como no jornal francês Le Monde; no The Guardian e na revista The Economist, ambos britânicos; no The New York Times, The New York Post e no The Washington Post, dos Estados Unidos; no site da BBC de Londres e no espanhol El País; no jornal argentino La Nación e em todas as agências de notícias, da Reuters à Al Jazeera.

Segundo a agência de notícias Reuters, reproduzida por dezenas de veículos em todo o planeta, a “popularidade de Bolsonaro despencou durante a crise do coronavírus”. A agência, que também classifica o presidente brasileiro como “líder de extrema direita”, diz que Bolsonaro “minimizou a seriedade da pandemia, descartou o uso de máscaras e lançou dúvidas sobre a importância das vacinas”. A BBC inglesa também citou a violência policial na cidade de Recife (PE). “A polícia disparou balas de borracha e gás lacrimogêneo contra os manifestantes.”

O argumento de que Bolsonaro ofereceria mais perigo à população do que o próprio coronavírus apareceu em diferentes reportagens internacionais — caso do francês Le Monde e do britânico Guardian. O diário norte-americano New York Post ouviu de uma manifestante que “o governo Bolsonaro é mais perigoso que o vírus”. O tabloide destacou que o “líder de extrema direita se recusou a impor toques de recolher e lockdowns generalizados no país de 211 milhões de habitantes”.
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As marchas também repercutiram na Índia e na Rússia, parceiros do Brasil no bloco econômico Brics. Com o título “Dezenas de milhares de pessoas marcham contra a resposta do presidente Bolsonaro à Covid no Brasil”, a agência estatal do Kremlin RT publicou uma série de vídeos sobre as marchas.

“Bonecos do presidente foram vistos nos protestos, e alguns teriam sido queimados pelos manifestantes. Em São Paulo, um enorme boneco inflável do presidente o retratou como um vampiro”, apontou a agência.

O jornal espanhol El Pais destacou que, “pela primeira vez na pandemia”, a esquerda brasileira foi às ruas contra Bolsonaro. A gestão do líder brasileiro foi descrita pelo jornal como “nefasta”. Também cobrindo as manifestações, o argentino La Nación apontou que os protestos contra o presidente vêm ganhando força.

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