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quinta-feira, maio 9, 2024
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Lentidão do auxílio de R$ 600,00 contrasta com rapidez da trilionária ajuda aos bancos

Quando é para os ricos, o dinheiro vem rápido como um foguete. Quando é para os pobres, vem a passo de tartaruga, enfrentando uma imensa burocracia que, a cada segundo, cria todo tipo de dificuldades para sua efetivação.

Embora aparentemente simplista, a descrição acima relata com bastante precisão o que vem ocorrendo no Brasil nesta triste época de covid-19.

Enquanto que, no dia 23 de março deste ano, o Banco Central do Brasil propôs rapidamente (e sem qualquer burocracia) um conjunto de medidas que liberam R$ 1,2 trilhão para ‘ajudar’ os grandes bancos brasileiros a terem liquidez em sua contabilidade — bancos que já estão podres de ricos com a exploração que promovem sobre seus correntistas —, para milhões de outros brasileiros (trabalhadores informais, pessoas sem emprego ou renda) a mísera ‘ajuda’ de R$ 600,00 só começou a ser paga após o governo Bolsonaro e o Congresso Nacional aprovarem uma lei prevendo tal pagamento. Cumpre lembrar que, inicialmente, o governo Bolsonaro propôs que o ‘auxílio emergencial’ fosse ainda menor, algo em torno de R$ 200,00.

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A primeira das três parcelas de R$ 600,00 do auxílio emergencial começou a ser paga há 30 dias pelas agências da Caixa Econômica Federal (CEF), que até agora ainda não montou um operativo minimamente decente para assegurar a chegada do dinheiro a quem realmente precisa. Imensas filas, falta de informação, descaso e incompetência da CEF vêm infernizando ainda mais as vidas dos milhões de trabalhadores que necessitam urgentemente do dinheiro, mesmo sendo um valor que mal dá para comprar a cesta básica.

As filas quilométricas e aglomerações que vêm se formando todos os dias nas agências da CEF, por incompetência da direção do banco e desprezo do governo Bolsonaro pelos mais pobres, também contribuem para a disseminação ainda mais rápida do coronavírus, que já contaminou 121.

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778 pessoas no Brasil, provocando 8.037 óbitos até o momento.

Em sua coluna no UOL, ao comentar o assunto, o jornalista Leonardo Sakamoto bem resumiu esse circo de horrores. “Pessoas que deixaram de trabalhar porque quarentenas foram corretamente impostas a fim de reduzir a velocidade de contaminação e o colapso do sistema de saúde estão sendo contaminadas ao receber a renda básica para sobreviver durante a quarentena. Com isso, a solução se torna parte do problema, desperdiçando vidas, tempo e dinheiro”, disse.

Segundo a CEF, cerca de 50 milhões de pessoas já teriam recebido a primeira parcela R$ 600,00, mas grande número de trabalhadores vem todos os dias reclamando que ainda não conseguiram ter acesso ao pagamento, embora se encaixem nas situações previstas na lei que criou o auxílio emergencial. Como resposta ao problema, a CEF afirmou que vai ampliar os horários de atendimento. Ainda é pouco.

A auditora fiscal Maria Lúcia Fattorelli, que coordena o grupo Auditoria Cidadã da Dívida Pública brasileira, afirma que, em razão da aplicação de políticas neoliberais que desmontaram os serviços públicos e precarizaram ainda mais as relações de trabalho — com cortes de direitos, empregos e salários —, a pobreza extrema já atingia 12,5 milhões de pessoas, antes mesmo da pandemia da covid-19. Ela afirma que, mesmo com todos os cortes de recursos para os serviços e investimentos públicos, o ‘auxílio emergencial’ de R$ 600,00 consumirá apenas R$ 82 bilhões do orçamento brasileiro, valor insignificante se comparado aos mais de 1 trilhão e 200 bilhões de reais oferecidos pelo Banco Central como ajuda aos riquíssimos bancos do país.

Como todo Estado capitalista, o Estado brasileiro é, em última instância, guardião maior dos interesses do empresariado e do sistema financeiro. É o protetor dos que detêm o capital e efetivo poder econômico. É o mesmo Estado que, para pagar migalhas aos trabalhadores, impõe uma inaceitável e desumana burocracia.

Situações como esta comprovam que, historicamente, é impossível ‘governar para todos’. É uma falácia. Ou se governa para os empresários, os capitalistas, os patrões. Ou então se governa em benefício dos trabalhadores, o que significa combater os privilégios e interesses dos ricos e proprietários de grandes fortunas.

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