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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Justiça para Claudia Ferreira: Sindsprev/RJ, CTB e MNU convocam para ato dia 18/4, às 14h, no TJ-RJ

A Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e o Movimento Negro Unificado (MNU) estão convocando trabalhadores e a população carioca a participarem da manifestação ‘Justiça para Cláudia Ferreira’, no próximo dia 18/4, a partir das 14h, em frente à entrada principal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), na Av. Erasmo Braga, 115 – Centro.

Auxiliar de serviços que morava em Madureira, Claudia Ferreira foi atingida por tiros disparados pela PM, nas proximidades de sua residência. A pretexto de “socorrê-la”, os policiais jogaram Claudia no porta-malas de uma viatura e saíram em disparada. Durante o trajeto, o bagageiro se abriu, e Claudia foi arrastada pelo asfalto. A viatura ainda circulou em alta velocidade por quase 400 metros. Quando os PMs chegaram com Claudia ao Hospital Estadual Carlos Chagas (Marechal Hermes), a vítima já estava morta. Claudia tinha 38 anos de idade, era negra e mãe de 4 filhos. O caso ocorreu em 2014.

Em uma decisão que causou indignação, em março deste ano o juiz Alexandre Abrahão Teixeira, do 3º Tribunal do Júri, inocentou seis policiais militares acusados de matar e arrastar Claudia Ferreira em um carro da corporação. Todos respondiam na Justiça por homicídio e por remover o corpo de Cláudia do local.

Leia matéria sobre absolvição dos PMs pela Justiça, clicando aqui.

Na sentença da Justiça, o magistrado alegou que os policiais atiraram em traficantes e incorreram em “erro de execução”. “Os acusados agiram em legítima defesa para repelir a injusta agressão provocada pelos criminosos, incorrendo em erro na execução, atingindo pessoa diversa da pretendida”, escreveu o juiz Alexandre Abrahão Teixeira.

A decisão da Justiça absolveu o capitão Rodrigo Medeiros Boaventura, que comandava a patrulha, e o sargento Zaqueu de Jesus Pereira Bueno. A Justiça também absolveu os subtenentes Adir Serrano Machado e Rodney Miguel Archanjo, o sargento Alex Sandro da Silva Alves e o cabo Gustavo Ribeiro Meirelles, denunciados pela remoção do corpo de Cláudia do local.

“É inaceitável a decisão da Justiça que absolveu os policiais. Por isso convocamos toda a população para o protesto do próximo dia 18 de abril, a partir das 14h, em frente ao TJ do Rio de Janeiro. Até quando veremos situações como esta permanecerem impunes? O caso teve repercussão mundial e mostrou como o Estado brasileiro provoca mortes violentas”, afirmou Osvaldo Mendes, diretor da Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ.

O protesto do próximo dia 18 de abril também será em desagravo a todas as vítimas das arbitrariedades e violências cometidas por agentes do Estado brasileiro, com destaque para ocorrido com Kathlin Romeu e Emily Rebecca.

Cartaz do MNU pedindo Justiça por Claudia Ferreira e todas as vítimas do arbítrio do Estado brasileiro.

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