Diante da grande demanda pela pesquisa “Saúde dos(as) trabalhadores(as) no INSS a partir das alterações no processo de trabalho com a ampliação do uso das tecnologias informacionais”, a Fenasps (federação nacional) decidiu prorrogar até o próximo dia 31 de Janeiro o prazo para que a categoria possa participar. Se você é servidor do INSS, não deixe para a última hora: preencha já o formulário disponível no link abaixo:
A participação de cada trabalhador(a) da autarquia é fundamental para subsidiar ações contra a precarização do trabalho e o assédio moral institucionalizado na autarquia. A Fenasps reitera que todos os dados coletados ficarão sob absoluto sigilo e serão usados apenas para fins de estudo.
Problemas estruturais do INSS são gravíssimos
Com a implantação do INSS Digital e o uso de tecnologias informacionais, vêm ocorrendo alterações significativas nos processos de gestão e controle das tarefas exercidas pelos trabalhadores e trabalhadoras da autarquia. Tais modificações são apresentadas pelo governo como se fossem a “solução” para a vacância de mais de 20.000 servidores(as) nos últimos anos. A realidade, no entanto, mostra que a digitalização e a organização do trabalho baseada em metas quantitativas de produtividade, programas de gestão e a instituição de novas modalidades (teletrabalho, semipresencial) não resolveu os problemas estruturais no INSS. Ao contrário, a adoção dessas estratégias tem gerado cada vez mais denúncias de esgotamento físico e mental, jornadas extenuantes e assédio moral.
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Negociações com a gestão do INSS
Matéria do Jornal Extra sobre o INSS
Em 2019, com base em dados do próprio INSS, foi constatado que cerca de 64% dos(as) trabalhadores(as) no INSS se afastaram do trabalho por motivo de adoecimento, informação alarmante sobre as condições de trabalho na autarquia.
Se depender do atual governo, contudo, tais precariedades continuarão se agravando. É que, na última segunda-feira (24/1), ao sancionar o orçamento da União para este ano, Bolsonaro promoveu um corte de R$ 1 bilhão nos recursos do INSS, desconsiderando que, por falta de pessoal e em razão do sucateamento a que vem sendo submetido, o INSS já está com uma fila de 1,8 milhão de segurados à espera da concessão de benefícios.