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sexta-feira, maio 17, 2024
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GT da saúde federal no dia 2/9 vai fortalecer luta contra prejuízos devidos a falhas do ponto

“Se botar pra votar, o Brasil vai parar!” 
Este é o recado que as centrais sindicais estão dando a Temer (PMDB) e aos partidos governistas na Câmara dos Deputados

O Sindsprev/RJ convoca os servidores dos hospitais e institutos da rede federal para reunião do Grupo de Trabalho (GT) do setor para 2 de setembro, às 13 horas, no auditório do Sindicato (Rua Joaquim Silva, 98, Lapa). O objetivo é avaliar o resultado da negociação com Marcelo Lamberti, coordenador de Programas do Ministério da Saúde (MS) no Rio de Janeiro, ainda sem data marcada, e decidir o que fazer a partir daí. Na pauta também estarão outros assuntos importantes para os servidores, como a situação do Sisref, gestão dos hospitais federais e assédio moral.

A decisão de realização do GT foi tomada ao fim da ocupação das escadarias da representação do Ministério da Saúde no Rio, no último dia 18, quando foi cobrada negociação imediata. A iniciativa ocorreu devido ao documento de 8 de agosto último, assinado por Lamberti, afirmando ser obrigatório o registro biométrico de frequência para todos os servidores lotados nas unidades federais, sem fazer menção à garantia de que ninguém será prejudicado em função das falhas do Sisref até que elas sejam solucionadas. Esta garantia sempre foi reafirmada pelos seguidos ministros da Saúde.

O ofício de Lamberti foi feito em resposta a documento enviado pelo então diretor-geral do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), Paulo Cotrim, solicitando a criação de novos códigos no Sisref que justificassem problemas gerados por inconsistências do sistema ou a prorrogação do oficío do extinto Departamento de Gestão Hospitalar (DGH) do Ministério da Saúde que assegurava aos servidores não sofrerem qualquer tipo de prejuízo ocasionado pelas falhas e inconsistências do ponto biométrico.

Concorrência para o Sisref foi fraudulenta

O sistema de ponto biométrico não é compatível e atrapalha o trabalho dos profissionais de saúde que não podem parar de atender um paciente grave para colocar o dedo na máquina. Ou, como acontece há anos, perder o tempo que poderia estar cuidando de uma pessoa doente para fazer por escrito uma justificativa sobre o não funcionamento das máquinas. O diretor do Sindsprev/RJ Sidney Castro lembrou que a escolha da empresa responsável pelo Sisref foi feita num processo fraudulento que deveria ser profundamente investigado, com a punição dos envolvidos. Ele acrescentou que, contrariando o edital de concorrência, a empresa vencedora instalou máquinas de registro de entrada dos servidores, e não de controle de frequência. “O sistema, que nunca funcionou, já começou errado. E o servidor não pode pagar pelos erros que não foram cometidos por ele”, afirmou.

Sidney argumentou ainda que a queda na qualidade de atendimento das unidades federais tem a ver com os seguidos cortes de verbas da saúde, que foram aprofundados pelo governo Bolsonaro. “A verdade é que o ponto biométrico foi criado para colocar sobre os ombros dos servidores a culpa pela piora no serviço prestado pelos hospitais federais que se deve ao corte de verbas. Para que se tenha uma ideia, desde 2005 não se faz concurso, sendo o déficit de pessoal um dos principais fatores para a situação caótica dos hospitais federais”, afirmou.

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