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segunda-feira, abril 29, 2024
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Assembleia (presencial e virtual) aprova adesão dos servidores do Rio à greve nacional do INSS

A partir desta quinta-feira (31/3), os servidores do INSS no Rio vão aderir à greve nacional da categoria, que já acontece em 24 estados brasileiros. A decisão foi aprovada na assembleia (presencial e virtual) dos servidores do instituto realizada na noite desta quarta-feira (30/3), no auditório do Sindsprev/RJ. A assembleia também aprovou a formação de um Comando Estadual de Greve e a participação de representantes do Rio de Janeiro no Comando Nacional de Greve da Fenasps.

Outras importantes deliberações foram a convocação de uma assembleia estadual conjunta da seguridade e do seguro social e a realização de manifestação em frente à nova Superintendência Regional do INSS, na rua Pedro Lessa, 36. As datas da assembleia estadual e do ato na Pedro Lessa ainda serão definidas.

A assembleia foi aberta com apresentação de informes sobre as mobilizações dos servidores da saúde federal — que luta em defesa das 30h semanais — e sobre a greve nacional dos trabalhadores do INSS iniciada no último dia 23/3. Apresentado pelo servidor Moacir Lopes, dirigente da Fenasps, o informe sobre a greve do INSS mostra o crescimento da paralisação, cujos principais pontos de pauta são reajuste de 19,99%, condições de trabalho, concurso público, valorização da carreira do seguro social, rediscussão de metas e mudança no desumano modelo de gestão vigente no INSS.

“Agora é greve, e por isso é necessário que todos os servidores, sobretudo aqueles em home-office, também parem e não puxem tarefas do GET. É preciso lembrar que todos os benefícios e conquistas presentes nos nossos contracheques foram produto de muitas lutas e mobilizações. Nada veio de graça”, afirmou o servidor Bruno Mello, lotado em Petrópolis.

“Se quisermos reajuste no vencimento-básico e respeito aos nossos direitos, temos que aderir à greve, pois o governo não implementa nem mesmo coisas que não dependem de orçamento, como o comitê gestor de carreira. Vamos à luta”, completou o servidor Felipe Augusto, da Gerência Norte.

“O Sindsprev/RJ com certeza não é isento de críticas, mas é neste momento que percebemos a importância das entidades sindicais. A greve que aprovamos na assembleia não é dos filiados ao Sindsprev/RJ, mas de toda a categoria. No entanto, é preciso lembrar que são os sindicatos que negociam com o governo. Por isso é importante fortalecer os sindicatos, começando pelo ato de filiação”, afirmou Rolando Medeiros, da direção do Sindsprev/RJ.

Assembleia de greve
Assembleia aprovou entrada do Rio na greve nacional do INSS. Foto: Fernando França.

Servidor lotado na APS Irajá, Camilo de Jesus reforçou os apelos à deflagração da greve. “No momento o governo Bolsonaro está desgastado e vai enfrentar um processo eleitoral, o que pode nos favorecer. Nossa situação salarial é de grande desvalorização. Além do mais, trabalhamos sob grande estresse, sob péssimas condições e sujeitos a adoecimento. Não dá mais pra ser assim”, disse.

“Se fizermos uma greve com grande unidade e consciente, vamos vencer as politicas do atual governo. Esse é o caminho”, frisou Mariano Maia, servidor das Juntas de Recursos da Previdência Social.

Na parte da tarde, antes da assembleia desta quarta, os servidores do INSS protestaram em frente à Superintendência Regional, na rua Pedro Lessa, 36. Na ocasião, distribuíram uma carta à população, explicando a proposta de greve e mostrando que, entre as principais reivindicações dos servidores do INSS, está a melhoria do atendimento aos segurados.

Leia outras postagens sobre as mobilizações no INSS, clicando nos links abaixo:

 

Quadro da greve no país

Carta aos servidores do INSS

 

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