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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Fonasefe está reunido para discutir Campanha Unificada dos Servidores e greve

Estão reunidos presencial e virtualmente, na manhã desta sexta-feira (2/2), os dirigentes do Fórum das Entidades Nacionais do Serviço Público Federal (Fonasefe). No centro do debate está a Campanha Nacional Unificada dos Servidores Federais, com a avaliação da postura do governo Lula nas negociações, e a organização de uma greve nacional neste semestre, que pressione o governo a, pelo menos, negociar de fato e com seriedade.

O site do Sindsprev/RJ divulgará o resultado do encontro logo que termine. Já se sabe que deve ser aprovado um calendário nacional que oriente as entidades sindicais dos servidores a realizar assembleias de base para discutir um indicativo de greve para este semestre. A Federação Nacional (Fenasps) aprovou, em plenária, indicativo de greve para abril, por exemplo.

Negociações

Desde a entrega da minuta de reivindicações em fevereiro do ano passado, e, mais ainda frente à política do governo de postergar a apresentação de uma resposta, a greve nacional passou a ser considerada uma possibilidade cada vez mais concreta. Mas em 18 de dezembro esta possibilidade se tornou uma necessidade sem a qual as negociações não avançariam. Naquela data o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) apresentou o estopim da greve: uma proposta indecente de zero por cento de reajuste em 2024, e índices de reajustes fabricados nos gabinetes confortáveis da Esplanada dos Ministérios de 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026.

O fato provocou uma reação de indignação em cadeia que se espalhou por servidores da ativa e aposentados e pensionistas de todo o país. Com a greve no horizonte era preciso trazer o governo de volta às negociações, o que foi provocado pela decisão do Fonasefe e do Fórum das Entidades Nacionais das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) de apresentar uma contraproposta em 31 de janeiro ao MGI.

A contraproposta prevê a reposição das perdas causadas pela inflação desde o governo Michel Temer, considerando a data de 1º de setembro de 2016, corrigidas pela inflação de 2023 e pelas estimativas inflacionárias de 2024 e 2025. Como alguns servidores tiveram reajustes menores que outros de 2016 a 2023, a contraproposta dividiu a categoria em dois grupos.

Os do primeiro grupo, chamado de Bloco I, tiveram reajuste acumulado de setembro de 2016 a dezembro de 2023 de 14,45%; os do bloco II, de 25,28%. Considerando que o acumulado da inflação medida pelo IPCA do IBGE entre setembro de 2016 e dezembro de 2025 é de 53,72% (o cálculo levou em conta uma estimativa de inflação de 3,87% para 2024 e de 3,5% para 2025), a reposição reivindicada pelo primeiro grupo é de 34,32%. Já para o bloco II, de 22,71%.

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