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sexta-feira, maio 10, 2024
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Entrega do Almir Dutton à Viva Rio ‘é cabide de emprego e maldade com população’

“A desativação das diversas especialidades médicas do Ambulatório Almir Dutton foi uma grande maldade com a população da Zona Oeste com fortes indícios de prática eleitoreira, para empregar cabos eleitorais, através da empresa Viva Rio, que também lucra com mais este absurdo feito em conjunto entre o governador Cláudio Castro e o prefeito Eduardo Paes”. A denúncia foi feita pela diretora do Sindsprev/RJ Clara Fonseca.

Conhecido popularmente como “Rochinha”, o ambulatório pertence ao estado e presta atendimento odontológico, com cirurgias de buco-maxilo a pacientes com necessidades especiais, pediatria, ginecologia, dermatologia, gastroenterologia, nutrição e homeopatia. Devido à sua importância, tinha pacientes agendados até fevereiro do próximo ano.

A alegação da Prefeitura é a de que o posto de saúde foi desativado para passar a atender exclusivamente a pacientes com influenza, doença que se tornou epidêmica no Rio de Janeiro. A subsecretaria de saúde da cidade, informou que a ocupação do ambulatório duraria três meses, ao fim dos quais seria devolvido ao estado.

Para Clara, no entanto, não tem cabimento desativar um ambulatório importante, bem equipado, funcionando a pleno vapor para atender pacientes com gripe. “Para isto era necessário contratar profissionais nas clínicas da família e nos postos da Prefeitura que já existem para atender à demando dos que contraíram a influenza, além de instalar tendas, e não fechar um posto de saúde com especialidades que em outros postos não têm, como cardiologia, ginecologia, atendimento buco-maxilo, entre outros. Isso foi péssimo para a comunidade”, afirmou.

“E nada garante que o prefeito do Rio vai devolver o posto após este período de três meses, porque todo este absurdo foi feito para atender a interesses políticos. É um cabide de empregos que está se criando para ano que vem ser cabo eleitoral para as eleições”, reiterou. Avaliou que a desativação aconteceu porque não foram estes políticos que lutaram para que o ambulatório fosse reaberto e inteiramente equipado no governo anterior, mas a própria população, o Sindsprev/RJ e os funcionários com o apoio da deputada Enfermeira Rejane (PCdoB-RJ).

Viva Rio

A desativação e a entrega do ambulatório à Viva Rio fazem parte do projeto do governador Cláudio Castro e do prefeito Eduardo Paes, de ampliar a privatização da rede de saúde pública. Visa garantir mais lucros aos grupos privados em prejuízo da população. “Esta foi mais uma enorme covardia com a população carente da Zona Oeste.

Nada justifica este tipo de coisa já que nem com a covid eles cogitaram de fechar o ambulatório. Agora, próximo ao período eleitoral tomam esta decisão absurda”, protestou.

Os equipamentos do posto do Rochinha são novos e sua estrutura está em perfeitas condições. Isto porque havia sido abandonado e ameaçado de fechamento pelo governo anterior e, graças à luta do Sindsprev/RJ e da Associação dos Servidores do Hospital Eduardo Rabello (pertencente ao Iaserj) e do ex-Hospital Estadual Rocha Faria (municipalizado) foi reaberto e reequipado em 2014. Segundo informações da Prefeitura, os equipamentos estariam sendo levados para o Eduardo Rabello.

A Viva Rio é apontada como suspeita de se beneficiar da administração do Hospital Oceânico, privado, alugado pelo prefeito de Niterói, Axel Grael (PDT) por R$ 4, 8 milhões, fora os mais de R$ 84 milhões pagos à Viva Rio, para administrar a unidade. Como já fez Eduardo Paes, no Rio de Janeiro, Grael em Niterói amplia a privatização da rede de saúde da cidade, negando verbas para a rede pública, de modo a justificar a sua entrega a grupos privados como o Viva Rio.

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