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sábado, maio 11, 2024
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Demitidos devem comparecer ao Nerj nesta segunda (19/4) para uma das 400 vagas oferecidas na rede federal

Nesta sexta-feira (16/4), durante audiência pública realizada pelas comissões de saúde da Alerj e da Câmara Municipal do RJ para debater sobre a necessidade de ampliação de leitos para covid, o titular da Superintendência do Ministério da Saúde no Rio, George Divério, admitiu não ter conseguido preencher todas as 4.117 vagas de contratação autorizadas para a rede federal. Após informar sobre a existência de 400 vagas não preenchidas, Divério afirmou que os profissionais que quiserem trabalhar devem se apresentar na próxima segunda-feira (19/4) à sede da Superintendência (antigo NERJ-DGH), que fica na rua México, 128 – 9º andar – Centro.

“É muito importante que os profissionais contratados estejam presentes à Superintendência do Ministério logo cedo, na manhã de segunda-feira. Afinal, o próprio superintendente Divério fez uma convocação pública. Após ter demitido os contratados na rede federal, o governo Bolsonaro agora diz que não consegue contratar para preencher as vagas. É uma política genocida”, criticou Cristiane Gerardo, ex-dirigente do Sindsprev/RJ.

Na audiência pública desta sexta (16/4), George Divério negou que a rede federal será estadualizada ou esteja sendo preparada para privatização. No entanto, admitiu que a Rede D’Or e um conjunto de empresas vai gerir 50 leitos no Hospital Federal da Lagoa, o que não deixa de ser uma forma de privatização.

Divério afirmou ainda que, devido a “limitações orçamentárias”, não será possível abrir 560 leitos de covid na rede federal do Rio para tratar de pacientes de covid.

Segundo levantamento do vereador Paulo Pinheiro (PSOL), feito com base em dados do Cadastro Nacional do Ministério da Saúde, pelo menos 773 leitos de nove hospitais federais estão impedidos no Rio de Janeiro, uma quantidade de vagas que seria suficiente para zerar a fila da Covid-19, que hoje tem 364 pessoas. Nessa conta estão leitos fechados por falta de pessoal ou porque necessitam de obras. Desses nove hospitais, seis têm 387 leitos que não podem abrir apenas por falta de recursos humanos.

Os dados informados na audiência, segundo a presidente da Comissão de Saúde da Alerj, deputada Martha Rocha (PDT), foram repassados pelos gestores das unidades federais. Eles revelaram que seis leitos estão ociosos no Hospital Federal de Bonsucesso; 108 leitos no Hospital Federal dos Servidores do Estado; 59 leitos no Hospital Federal Cardoso Fontes; 48 leitos no Hospital Federal de Ipanema; 95 leitos no Hospital Federal da Lagoa; 22 leitos no Instituto Nacional do Câncer; 14 no Instituto Nacional de Cardiologia; e 35 no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. O gestor do Hospital Federal do Andaraí não compareceu.

O Sindsprev/RJ reafirma, mais uma vez, a necessidade de a União Federal cumprir a liminar recentemente expedida pela 23ª Vara Federal do Rio, determinando a readmissão de todos os profissionais demitidos desde março de 2020 na rede federal do Rio.

 

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