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segunda-feira, maio 13, 2024
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Corte de ‘custos’ e piora no atendimento visam entregar INSS ao setor privado

A revista de direita Veja festeja, em editorial publicado em 26 de julho, o que chamou de pacote econômico de Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro, “para fazer o Brasil crescer”.

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Na verdade, não há pacote nenhum, mas uma série de medidas neoliberais entreguistas bastante conhecidas, que atacam a soberania nacional e os direitos dos trabalhadores para enriquecer grupos nacionais e estrangeiros, sobretudo bancos, que os economistas da Universidade de Chicago, como Guedes, defendem para qualquer país. O editorial visa blindar o ministro e mostrar que ele está fazendo alguma coisa para tirar o país da recessão que a sua própria gestão no governo Bolsonaro ampliou.

As medidas, impostas em países como México e Chile, neste, durante a ditadura do general Augusto Pinochet, no entanto, se restringem à reforma da Previdência e à tentativa da sua privatização através do sistema de capitalização; à armadilha da autorização de saques do FGTS; cortes de direitos trabalhistas (MP 881); privatizações de todas as estatais e redução radical de custos na área social, entre eles, a não realização de concursos, com a substituição da mão de obra por programas digitais no setor público, incluindo o INSS, aumentando a sobrecarga de trabalho, o estresse e o adoecimento dos servidores e arrochando a remuneração. Todas estas medidas visam, segundo o editorial da revista, reduzir o custo da mão de obra, cortar gastos públicos, para “facilitar a vida do empresário” e despertar nele “o espírito animal”, “o espírito empreendedor”.

Impactos no INSS

Em nota divulgada em julho, intitulada “A nova onda do INSS: uma tragédia anunciada”, a Federação Nacional (Fenasps) e os sindicatos filiados, como o Sindsprev/RJ, condenam a política do governo. O documento lembra que, com as novas medidas, a situação dramática no instituto tende a se agravar com sérias consequências para os segurados e servidores, fazendo parte de um projeto para esvaziar ainda mais o Instituto, como parte da reforma da Previdência, restringindo o acesso à aposentadoria, pensões e demais direitos, através da redução de pessoal e da sua substituição por programas digitais que milhões de segurados não estão preparados para usar.

A nota avalia que esta nova onda de ataques aos direitos da população e às condições de trabalho dos servidores vem para consolidar as bases da reforma da Previdência, que prevê a extinção da atual forma de concessão de aposentadorias e aumento imediato das contribuições dos servidores, confiscando seus salários. “O objetivo do governo é a privatização da Previdência Social e o afastamento da responsabilidade do Estado em garantir a Previdência Social Pública”, afirma.

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Digitalização impede aposentadoria

A nota lembra que as ordens do Ministério da Economia são para que todos os serviços prestados pelo INSS ao cidadão sejam 100% ofertados na modalidade digital, realizados pela internet e a distância, sendo que hoje esse tipo de atendimento já alcança 80% dos serviços prestados. Mas adverte que esse modelo digital desconsidera o perfil da população que busca as unidades do INSS, sendo extremamente prejudicial ao segurado.

“Segundo o IBGE, 63 milhões de brasileiros não têm acesso à internet e 38 milhões são analfabetos funcionais. Ou seja, mais de cem milhões não têm acesso às novas tecnologias e plataformas digitais”, afirma o documento. Acrescenta que, por isto mesmo, enfrentarão barreiras para acesso aos direitos previdenciários e assistenciais.

Assédio moral

Como o governo se recusa a realizar concurso, o INSS tem hoje uma defasagem de cerca de 16 mil servidores. Em poucos meses a direção do Instituto teve que lidar com um problema de extrema grandeza: o acúmulo superior a três milhões de processos represados, aguardando análise na “nuvem digital”, elevando o tempo de espera na concessão de alguns benefícios, em várias gerências, a mais de um ano.

Além das dificuldades impostas à população pela modalidade digital e o gigantesco e crônico déficit de recursos humanos, o governo tem determinado o uso de medidas de gestão de forma unilateral ou mesmo análises estatísticas sem base técnica confiável. Como exemplo, quer impor o cumprimento de metas, como a de 90 pontos, instituindo o assédio moral para forçar o aumento da produtividade e sobrecarga de trabalho, o que não resolve os problemas estruturais que se arrastam há anos.

No documento a Fenasps denuncia que o INSS propôs o Índice de Avaliação de Desempenho (IAD) fixando meta individual de 90 pontos, se sobrepondo à proposta anterior de avaliação institucional, podendo gerar prejuízos financeiros aos servidores.

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Desta forma, joga nas costas dos trabalhadores um problema causado pela não reposição de pessoal, criado pela política de corte de custos e desmonte do Instituto, colocada em prática pelo governo, com objetivos conhecidos.

A Fenasps e os sindicatos são contrários à imposição de novas regras de trabalho, pois não têm embasamento legal, uma vez que a categoria é regida pelas normas de avaliação de desempenho da União e do RJU. “Não podemos ficar submetidos a estas constantes alterações nas regras que aumentam a carga de trabalho, institucionalizam o assédio moral e levam ao aumento do adoecimento dos servidores”, afirmam as entidades. Segundo dados da Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP), o INSS conta com um número alarmante de casos de adoecimento: de janeiro a setembro de 2018 mais de 8 mil servidores foram afastados por adoecimento.

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