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segunda-feira, maio 13, 2024
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Atraso na inauguração dos hospitais de campanha do Estado foi descaso do governo Witzel

Anunciados pelo governador Wilson Witzel com grande pompa e estardalhaço, seis dos sete hospitais de campanha previstos para apoiar a rede estadual no atendimento a pacientes de covid-19 — São Gonçalo, Nova Iguaçu, Caxias, Campos, Casimiro de Abreu e Nova Friburgo — estão com quase um mês de atraso. Se estivessem em pleno funcionamento, esses hospitais ofereceriam 1.300 leitos, dos quais 520 de UTI e 780 de enfermaria. Apenas o hospital do Maracanã entrou em funcionamento.

Uma série de problemas e obstáculos para entregar os hospitais foi invocada pela organização social (O.S.) encarregada de erguer e administrar as unidades: o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), que alegou uma baixa de 30% em seu quadro de funcionários por conta da covid-19. O contrato do Iabas com o governo do Estado tem o valor total de R$ 836 milhões, dos quais o instituto já recebeu R$ 256 milhões.

Decisão do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) publicada em 18 de abril deste ano ordenou que a Secretaria Estadual de Saúde promovesse, mediante acordo, alteração no contrato com o Iabas. Na época, o TCE afirmou que, ao apresentar sua proposta, o Iabas ‘não abriu os custos, não indicou os equipamentos que serão disponibilizados, a quantidade e a qualificação dos profissionais que atuarão em cada unidade, tendo deixado ainda de decompor os custos dos demais serviços a serem prestados, limitando-se a indicar o valor total de R$ 19.899.343,09’.

Após os recentes escândalos sobre irregularidades nas compras de equipamentos para hospitais pela Secretaria Estadual de Saúde, a Polícia Federal começou a investigar se o Iabas teve alguma relação com os casos de fraude.

Atualmente, o Iabas está proibido de participar de novas licitações no município do Rio por um período de dois anos. A decisão da prefeitura foi tomada porque a O.S. teria descumprido contratos e cometido erros administrativos nas UPAs de Costa Barros e Madureira.

Enquanto os hospitais de campanha atrasam, o Estado do Rio já tem 1.176 pacientes à espera de um leito em enfermaria ou em unidade de terapia intensiva (UTI). Destes, 789 estão com suspeita ou confirmação de terem covid-19. Quase a metade deles (cerca de 387 pacientes) precisam urgentemente de uma vaga porque estão em estado grave.

“Toda esta situação é absurda e mostra que os governos não se preocupam com a vida da população. Em vez de construírem novos hospitais de campanha, a um custo milionário, por que não reequiparam os hospitais federais, estaduais e municipais? Por que não aumentaram a oferta de leitos, aproveitando as instalações dos hospitais já existentes?

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O resultado é que mais vidas se perderão. É inaceitável. Os governos têm que responder por isto”, criticou Sidney Castro, da direção do Sindsprev/RJ.

O Rio de Janeiro tem, até o momento, 37.912 casos confirmados de covid-19, com 3.993 óbitos. Em todo o país, o total de casos já é de 367.906, com 22.965 mortes.

Com mais de mil mortes por coronavírus em um único dia, na última sexta-feira (22/5) o Brasil superou a Rússia, tornando-se o segundo país do mundo em número de casos confirmados, atrás somente dos Estados Unidos. No Brasil, o número de mortes dobrou em apenas 11 dias, o que confirma uma alta taxa de disseminação da covid-19.

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