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domingo, abril 28, 2024
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Assembleia do Hospital de Bonsucesso repudia assédio e perseguições aos trabalhadores do CME

Assembleia dos servidores do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) realizada na manhã desta quarta-feira (11/10), no auditório da Maternidade, aprovou propostas para que os trabalhadores lotados no Centro de Material e Esterilização (CME) enfrentem o assédio moral e as perseguições que vêm sofrendo por parte de uma médica da unidade. Além de trabalhadores lotados no CME, a assembleia teve a participação de servidores de outros setores do HFB.

Entre as propostas aprovadas estão a recusa dos servidores lotados no CME a trabalhar com qualquer material — como óticas, pinças e separadores — que não sejam de propriedade pública; que o Sindsprev/RJ cobre, da direção-geral do Hospital de Bonsucesso, a realização de um inventário de todas as peças atualmente utilizadas no CME; que o Sindsprev/RJ cobre do Ministério da Saúde a produção de laudo para aferir a capacidade de uso das óticas do CME; e que sindicato também apresente requerimento ao Ministério solicitando informações sobre as cirurgias emergenciais realizadas no Hospital de Bonsucesso.

Na abertura da assembleia, a coordenação de enfermagem do HFB afirmou que, incialmente, recebeu denúncias anônimas sobre o comportamento da médica acusada de assediar, agredir verbalmente, gritar e até ameaçar de demissão os profissionais do CME. Segundo a coordenação de enfermagem, em seguida os próprios trabalhadores do CME apresentaram as denúncias e afirmaram que a referida médica estaria movendo uma campanha difamatória, acusando-os de “quebrar” e “danificar” equipamentos e materiais do setor.

“O róprio Ministério da Saúde já elaborou cartilhas denunciando o problema do assédio moral, um problema que tem de ser combatível, um comportamento inaceitável. Isto não pode mais acontecer aqui e em lugar algum. Não vamos aceitar. Os trabalhadores têm de ser respeitados”, afirmou Sidney Castro, dirigente do Sindsprev/RJ.

Também dirigente do Sindsprev/RJ, a servidora Cristiane Gerardo analisou a situação a partir dos conflitos entre médicos e corpo de enfermagem. “O que acontece neste momento, aqui no HFB, é uma disputa marcada pelo ressentimento de parte do corpo médico diante do movimento de consciência e revalorização da enfermagem, ampliado a partir da luta pelo piso salarial. Situações semelhantes ocorrem em outras unidades, e não podemos aceitar as tentativas de desmoralização da enfermagem”, frisou.

Diante da gravidade da situação de assédio e perseguições sofridas pelos profissionais do CME, a assembleia indicou que, na próxima quarta-feira (18/10), dia nacional de luta do funcionalismo público, o ato unificado da rede federal seja realizado em frente ao Hospital de Bonsucesso.

Além de reajuste salarial linear, o funcionalismo reivindica concurso público e condições de trabalho. As reivindicações específicas da rede federal do Rio são: pagamento do piso da enfermagem em valores integrais (e sem atrelamento à jornada de trabalho); não ao assédio moral; enquadramento dos auxiliares de enfermagem como técnicos; e pagamento da insalubridade a todos os servidores que façam jus ao adicional.

 

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