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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Ato pró-Bolsonaro arranca e destrói faixa ‘Em Defesa da Educação’ e comemora

Uma faixa que trazia os dizeres ‘Em Defesa da Educação’ foi arrancada da frente de uma universidade pública em Curitiba (PR), neste domingo (26), por manifestantes a favor do governo de Jair Bolsonaro. A ação foi realizada sob incentivo de alguém que coordenava o ato do carro de som e sob aplausos e festiva comemoração de outros participantes da manifestação. As imagens de homens arrancando a faixa da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná circulam nas redes sociais. A manifestação integrava os atos a favor do governo e da reforma da Previdência e provocou duras críticas nas redes sociais.

A faixa estava estendida no local desde o anúncio pelo governo dos cortes de 30% nos recursos das universidades e institutos federais de educação, que, segundo reitores, podem inviabilizar o funcionamento destas instituições. Um dos organizadores do ato a favor de Bolsonaro explicou as razões para arrancar e destruir a faixa pela educação pública: “Vamos retirar essa faixa, porque prédio público não pode ser usado de forma ideológica. É Brasil. Nós estamos aqui buscando um Brasil melhor. Não vamos permitir mais isso”, disse.

As manifestações pró-Bolsonaro ocorreram em dezenas de cidades do país no domingo (26). Foram nitidamente uma tentativa de responder aos atos que levaram multidões às ruas no dia 15 de maio, em defesa da educação pública, contra a reforma da Previdência e em oposição às propostas do governo Bolsonaro. Os atos do domingo (26), que também tiveram convocações defendendo o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, em geral foram pequenos. Reuniram uma quantidade mais expressiva de pessoas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Mas em dimensões muito inferiores aos do dia 15 de maio, algo reconhecido até pelos grandes meios de comunicação comerciais.

Atos no dia 30 e greve geral

Novos protestos nacionais a favor da educação pública e contra a reforma da Previdência Social foram convocadas para 30 de maio. Servidoras e servidores da seguridade e do seguro social decidiram participar, em assembleia convocada pelo Sindsprev. As manifestações são ainda preparatórias para a greve geral convocada pelas centrais sindicais para 14 de junho. Dez centrais sindicais se uniram para organizar a greve e defender os direitos previdenciários, ameaçados pela PEC-6, a proposta de emenda constitucional que o presidente Jair Bolsonaro quer aprovar no Congresso Nacional. Na assembleia do Sindsprev-RJ, a categoria também decidiu por participar da greve geral do dia 14.

Assista ao vídeo mostrando o ataque à faixa em defesa da educação, clicando aqui.

 

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