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quinta-feira, janeiro 30, 2025
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Setores do Hospital de Bonsucesso inaugurados por Nísia são fechados em seguida

Os fatos mostram como a demagogia passou a ser uma prática recorrente do Ministério da Saúde e do Grupo Hospitalar Conceição. A mais recente prova desta realidade foi a farsa da inauguração de vários setores do Hospital Federal de Bonsucesso (desde 14 de outubro de 2024, sob o controle do GHC), em uma cerimônia festiva com ampla cobertura jornalística, em 17 de janeiro último, com a presença da ministra Nísia Trindade, do secretário de Saúde, Daniel Soranz e do presidente do Grupo Conceição, Gilberto Barrichello.

O evento era, na verdade, uma armação para passar a impressão de que a gestão terceirizada estava resolvendo, como prometeu a ministra e o próprio Barrichello, os problemas de funcionamento do HFB: no mesmo dia 17, logo após a cerimônia de inauguração, todas as salas foram fechadas, com as portas sendo trancadas com correntes e cadeados. Era mais uma prova da demagogia e da incompetência da terceirizada que ‘esqueceu’ de contratar profissionais para fazer os setores funcionarem. A Emergência, promessa do MS e do GHC, igualmente não foi inaugurada.

Como o Sindsprev/RJ vem denunciando há anos, ao contrário do que vem afirmando Nísia Trindade, o problema, não só do HFB, como o de toda a rede federal não é de gestão, mas do corte de verbas, feito pelos seguidos governos, inclusive pelo atual. Sem verba, não há concurso, nem investimentos para a abertura de leitos e retorno ao funcionamento das salas de cirurgia, entre outras, e da Emergência.

Nísia, na farsa da inauguração de setores do HFB, em 17 de janeiro.

A decisão de colocar o HFB nas mãos de uma empresa terceirizada vem se mostrando mais um equívoco do governo. Nenhuma das promessas feitas por Barrichello, do GHC, em 14 de outubro do ano passado, foram cumpridas, como a contratação de 2.200 profissionais, a abertura da Emergência, da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e de mais 427 leitos.

Imagens comprovam a farsa de Nísia e do GHC – Imagens amadoras feitas em 17 de janeiro, mostram portas trancadas com correntes e cadeados de setores inaugurados por Nísia e Barrichello, naquele dia, mais cedo. Os vídeos foram postados na internet e divulgados, também, pelo RJ TV, da Rede Gobo.

A promessa feita em outubro do ano passado pelo GHC e pelo MS era de reabrir a Emergência em 90 dias, ou seja, até 15 de janeiro, o que não aconteceu. Também os setores de cardiologia e o de neurologia, inaugurados, foram fechados. Todos os leitos de enfermaria para a cardiologia continuam bloqueados por falta de médicos.

Atualmente, o HFB conta com taxa de ocupação de pacientes internados de apenas 46%: 224 leitos dos 412 da unidade estão impedidos de funcionar por falta de pessoal.

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