Por meio de sua diretoria colegiada, o Sindsprev/RJ repudia a inaceitável ação repressiva ocorrida na manhã de hoje (19/10), nas dependências do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), onde servidores da rede federal de saúde foram agredidos fisicamente e atacados por PMs do Batalhão de Choque chamados pelo governo Lula (PT).
Os trabalhadores e trabalhadoras da saúde federal estavam desde a última terça (15/10) acampados em frente à entrada principal do HFB, como parte de sua legítima luta contra a entrega daquela unidade ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC). A ação repressiva da polícia na manhã de hoje (19) foi tão truculenta que resultou na prisão arbitrária da servidora Cristiane Gerardo, dirigente do Sindsprev/RJ em Jacarepaguá, o que mostra a disposição do governo Lula (PT) e sua ministra da saúde, Nísia Trindade, de criminalizarem as lutas e mobilizações dos servidores.
O Sindsprev/RJ continuará envidando todos os esforços pela abertura de efetivas negociações com os servidores e servidoras da rede federal, tendo como base suas reivindicações de greve: reajuste salarial, concurso público, não ao fatiamento/privatização dos hospitais federais e enquadramento na carreira da Ciência e Tecnologia.
Não é mais possível — ou aceitável — que o governo Lula (PT) continue cada vez mais se assemelhando ao governo de extrema direita capitaneado por Bolsonaro no trato das reivindicações dos trabalhadores. Não é mais possível que o governo Lula (PT) continue atacando os trabalhadores e trabalhadoras do serviço público com absoluto desprezo por suas reivindicações e com repressão policial. Não é mais possível que o governo Lula (PT) continue criminalizando os movimentos, greves e mobilizações dos trabalhadores brasileiros.
Além da greve da saúde federal, o governo Lula (PT) tentou criminalizar a greve nacional dos trabalhadores e trabalhadoras do INSS iniciada em julho deste ano. Logo no início da greve, o atual governo pediu à justiça que decretasse a “ilegalidade” da paralisação. Outra medida do governo contra os trabalhadores e trabalhadoras do INSS foi cortar o ponto dos grevistas, uma medida arbitrária e típica de governos de extrema direita. Uma vergonha para quem, como Lula (PT), foi eleito com a promessa de respeitar os pleitos dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.
No Hospital Federal de Bonsucesso, o modelo de gestão pretendido pelo governo Lula e sua ministra Nísia Trindade — com a entrada do Grupo Coneição — visa desmontar o que resta da rede federal pública de saúde. Um desmonte do SUS e de seus princípios baseados numa saúde pública, universal, gratuita e de qualidade para a população.
Que o governo Lula (PT) suspenda suas vergonhosas medidas autoritárias, antissindicais e cada vez mais parecidas com aquelas tomadas por administrações de direita ou extrema direita, como foram as de Temer (PMDB) e Bolsonaro (PL). Que o governo Lula (PT) abra verdadeiras negociações com os trabalhadores e trabalhadoras do serviço público, se não quiser entrar para a história como um governo truculento, repressor, patronal, covarde e tão autoritário quanto a gestão Bolsonaro.
Diretoria Colegiada do Sindsprev/RJ