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sexta-feira, setembro 20, 2024
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Assembleia do Andaraí reforça convocação para ato da próxima quarta (7/8), no Hospital de Bonsucesso

Assembleia dos servidores do Hospital Federal do Andaraí realizada na tarde desta sexta-feira (2/8) analisou as perspectivas da greve na rede federal e reforçou a convocação para o ato unificado da próxima quarta-feira (7/8), a partir das 9h30, no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), unidade que o Ministério da Saúde pretende entregar ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC). A assembleia do Andaraí também destacou a importância de radicalizar a luta contra a entrega da unidade à gestão do município do Rio.

“Não há vitória sem luta. Não teremos vitória se continuarmos somente nos grupos de whatsapp. O secretário municipal de saúde do Rio, Daniel Soranz, já disse que não pretende ficar com nenhum servidor federal lotado no Hospital do Andaraí. Servidores que ele recentemente xingou de vagabundos. O governo federal quer suspender os APHs, quer impor as 40h semanais, acabar com os CTUs e municipalizar o Andaraí. Eu acredito que podemos derrotar esta política, mas não será reclamando nos corredores. Na próxima quarta-feira, dia 7, vamos todos ao ato no Hospital de Bonsucesso. Ou lutamos pelos nossos direitos ou seremos derrotados. Fora Nísia, traidora do SUS”, frisou Sidney Castro, dirigente do Sindsprev/RJ.

Mesa da assembleia do Andaraí. Foto: Mayara Alves.

“É preciso que cada um de vocês convença os colegas de trabalho sobre a necessidade de lutar contra o fatiamento da rede federal, pois ninguém vai dar nada de graça para vocês. Não podemos deixar este hospital morrer. A RioSaúde tem mais de 150 milhões de reais em dívidas trabalhistas, mas é para esta empresa que o Ministério da Saúde quer entregar a gestão do Hospital Federal do Andaraí. O prefeito Eduardo Paes é inimigo do servidor público. Antes dele tínhamos 28 mil servidores na rede municipal de saúde, mas hoje são apenas 18 mil. Ao mesmo tempo, o número de terceirizados pulou de 5 mil para 35 mil funcionários”, afirmou o vereador Paulo Pinheiro (PSOL), presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal do Rio.

“Esta semana, os membros do Conselho Municipal de Saúde do Rio [CMS-RJ] votaram contra a municipalização do Hospital do Andaraí. Foi uma decisão histórica, o que só foi conseguido pela participação dos servidores naquela sessão. Só a união faz a força e pode mudar a história de um país. Neste momento estamos fazendo história”, destacou Osvaldo Mendes, presidente do CMS-RJ.

Mambro do corpo clínico do Hospital Federal de Bonsucesso, o médico Júlio Noronha reforçou as críticas. “Todo servidor público tem o dever de denunciar o que está acontecendo de errado. O Ministério da Saúde feriu as leis dos conselhos federal, estadual e municipal de saúde, que não foram ouvidos sobre a municipalização do Hospital do Andaraí. Nós estamos certos e não somos ratos. Precisamos juntar as informações sobre a falência dos hospitais sob gestão da rede municipal, do Grupo Conceição e da Ebserh”, afirmou.

Municipalização do Hospital do Andaraí foi tema da assembleia Foto: Mayara Alves.

“Se chegamos até aqui, sem que a RioSaúde tenha assumido o Andaraí, é porque estamos atuando de forma organizada e em torno do Sindsprev/RJ, uma entidade que se coloca integralmente a serviço das lutas dos trabalhadores. Teresa Navarro reuniu-se com os servidores deste hospital para simular uma consulta que na verdade nunca existiu. Precisamos lembrar que a assembleia da nossa categoria é o único fórum de deliberação. Na próxima quarta-feira, temos que garantir a presença de todos no ato que faremos no Hospital de Bonsucesso. Temos de continuar no foco e não desistir”, ressaltou Cristiane Gerardo, dirigente do Sindsprev/RJ em Jacarepaguá.

“O governo diz para as chefias dos hospitais federais que nada vai mudar. Mas isto é mentira. O governo pretende retirar todas as chefias dos hospitais federais quando essas unidades forem entregues ao município, ao Grupo Conceição ou à Ebserh. O mesmo vai acontecer com todos nós, servidores, se não reagirmos agora”, concluiu Sidney Castro.

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